sábado, 27 de abril de 2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Face de Narciso


por Jorge Vercillo

O que é o amor? Vai além da minha compreensão.
Para uns é chave e pra outros foi prisão.

O que é o amor? Será desapego ou possessão?
Altruísmo em nós ou apenas auto-adoração?

Face de Narciso por capricho se espelhou
Mas se ela me olha assim, é lindo,
ali eu sei quem sou.

E o que é o amor? É platônico ou será real?
Sonhos de mulher ou pecado original?

E o que é o amor? Penso que só ele pode unir.
Tudo em suas mãos, toda a dualidade em si.

São tantas verdades convergindo ao seu redor.
Não existe a espada sem a lira, o espinho sem a flor.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Razões para NÃO reduzir a maioridade penal

Por Vinícius Bocato,


Na última semana uma tragédia abalou todos os funcionários e alunos da Faculdade Cásper Líbero, onde estou terminando o curso de jornalismo. O aluno de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto por um assaltante na frente do prédio onde morava, na noite da terça-feira (9). O crime chocou não só pela banalização da vida – Victor Hugo entregou o celular ao criminoso e não reagiu –, mas também pela constatação de que a tragédia poderia ter acontecido com qualquer outro estudante da faculdade.

Esse novo capítulo da violência diária em São Paulo ganhou atenção especial da mídia por um detalhe: o criminoso estava a três dias de completar 18 anos. Ou seja, cometeu o latrocínio (roubo seguido de morte) enquanto adolescente e foi encaminhado à Fundação Casa.




Óbvio que a primeira reação é de indignação; acho válida toda a revolta da população, em especial da família do garoto, mas não podemos deixar que a emoção nos leve a atitudes irresponsáveis. Sempre que um adolescente se envolve em um crime bárbaro, boa parte da população levanta a voz para exigir a redução da maioridade penal. Alguns vão adiante e chegam a questionar se não seria hora do Estado se igualar ao criminoso e implantar a pena de morte no país. Foi o que fez de forma inconsequente o filósofo Renato Janine Ribeiro, em artigo na Folha de S. Paulo (restrito a assinantes), por ocasião do assassinato brutal do menino João Hélio em 2007.

Além de obviamente não termos mais espaço para a Lei de Talião no século XXI, legislar com base na emoção nada mais atende do que a um sentimento de vingança. Não resolve (nem ameniza) o problema da violência urbana.

O que chama a atenção é maneira como a grande mídia cobre essas tragédias. A maioria das matérias que vemos nos veículos tradicionais só reforçam uma característica do Brasil que eles mesmo criticam: somos o país do imediatismo. A cada crime brutal cometido por um adolescente, discutimos os efeitos da violência, mas não as suas causas. Discutimos como reprimir, não como prevenir. É uma tática populista que desvia o foco das reais causas do problema.

AQUI o artigo na íntegra.



Vinícius Bocato,25 anos,
estudante de jornalismo da
Faculdade Cásper Líbero.

Mulheres multitarefa


por Juliana Silva,
publicado originalmente
no Painel Brasil TV.

Não é de se espantar o número alto de divórcios. A modernidade veio, os direitos femininos vieram, mas as obrigações? Acumularam-se. Esqueceram de falar que mulher pode trabalhar fora, mas não há problema nos homens também trabalharem em casa. Afinal, a mulher divide com o homem o ofício de prover a casa, nada mais justo do que o homem dividir com a mulher o ofício de cuidar da casa também. Mulheres são fortes, mas não são máquinas.

Segundo a psicóloga Rosalina Moura, “impressiona as milhares de exigências e tarefas a que uma mãe fica sujeita”. Isso porque, por mais que o pai seja presente, é com a mulher que fica a maior responsabilidade. Isso é inconsciente. Acontece. As mulheres enxergam necessidades que os homens não vêem ou acham que não é de sua responsabilidade, segundo a psicóloga.

Ela diz que têm chegado ao seu consultório mulheres e mães que estão cada vez mais insatisfeitas com a participação de seus cônjuges no cenário global da vida doméstica, familiar, conjugal. Mulheres que trabalham de dia, ajudando o marido a prover a casa, trabalham à noite em casa sozinhas, enquanto seus maridos não ajudam no ofício doméstico. Mulheres que vêm na separação uma possibilidade de libertação das expectativas frustradas. Pensam: por que tenho que fazer tudo sozinha? Se eu trabalho fora com ele, por que ele não pode trabalhar em casa, comigo? Se é para fazer tudo sozinha, eu fico sozinha.

Essa multitarefa atrapalha, sim, a vida conjugal. A mulher sente-se cansada, sobrecarregada e, por estar sobrecarregada tendo um parceiro ao seu lado, prefere abandoná-lo para não ter que carregá-lo nas costas. Ou seja, sem o parceiro sua carga diminui, logo, a separação é a melhor saída.

Para resolver o problema, a psicóloga dá a fórmula: É preciso ajudar os homens a aprender a cuidar de suas mulheres e filhos. É preciso ajudar os homens a rever seus paradigmas e a enxergar o que até então lhes era invisível. É preciso ajudar as mulheres a pedir ajuda aos seus homens e a ter paciência no processo de transformação. Não existem cursos para isto, mas é algo que faz parte de um processo que tem que ser construído no cotidiano da relação e na intimidade. Infelizmente, no entanto, por vezes os tempos estão fora de compasso e não se consegue acertar o passo. E muitas mulheres, enlouquecidas com tantas tarefas, choram caladas e cansadas, na esperança de que amanhã tudo seja mais leve... E faz-se a frustração e a separação.

domingo, 21 de abril de 2013

Ao amigo, com afeto


por Ricardo Gondim*


Desejo que em tuas tristezas, bem como em tuas alegrias encontres o ombro displicente de outro amigo, o ouvido discreto de um irmão e o olhar afirmador do Pai.

Desejo que em tuas ansiedades, diante da insegurança do porvir, aprendas a resignar-te. Quando te faltarem forças para lutar ou coragem para retroceder diante do impossível, que o teu sorriso expresse a paz dos que se reconhecem impotentes.

Desejo que desaprendas a arte de dissimular, o ofício de negacear e a obrigação de suplantar. Que a tua caminhada seja serena como o ribeiro que se espreme entre rochas. Deixa-te evaporar no tempo como o hálito que manchou o espelho. Sê discreto como o sal que temperou a carne. Sê transparente como a luz que colore o céu.

Desejo que te mantenhas sensível em tuas decepções. Deixa-te ferir com o sofrimento mais longínquo. Considera a miséria um demônio; a injustiça, uma deusa sanguinária e a indiferença, um inferno. Não te intimides em transformar-te em poeta. Converte a tua dor em verso, e que o teu cantarolar desafogue, com beleza, a indignação que te abate.

Desejo que sigas incógnito em tua busca por sentido. Não te inquietes com cenhos amedrontadores. Não te apequenes em tua insignificância. Não existem sinas a priori, vidas predestinadas, formas idealizadas de existência ou projetos pré-concebidos em alguma mente. Desobriga-te de suprir qualquer expectativa. Não te sintas lisonjeado e nem te enganes com o aplauso da multidão. A mão que te afaga hoje poderá apedrejar-te amanhã.

Desejo que as tuas insônias se mantenham intermitentes, espaçadas. Que aprendas a bordar esperança na escuridão da madrugada e que os anseios tecidos nas trevas virem ações no raiar do dia. Guarda os teus sonhos para os amigos mais íntimos. Para quê dizê-los a quem não respeitaria a imensidão de teu inconsciente? Transita pela sombra. Foge das luzes da ribalta. Resguarda-te. Se tens que seguir pela avenida, faze-o com discrição. Constrói-te em segredo.

Desejo que a tua espiritualidade seja suave como o balançar de uma folha na calmaria do outono; e o teu silêncio, reverente como uma prece. Torna-te um com o teu próximo para encontrares lugar na mesa do banquete universal. Logo todos voltaremos ao mesmo nada que antecedeu o dia em que nascemos. Que a tua memória seja doce no coração dos que te sobreviverem e eterna no coração de Deus.

Soli Deo Gloria


Ricardo Gondim é teólogo,
tem programa de rádio e é
colunista de vários veículos
de comunicação.
É autor premiado de vários
livros e artigos polêmicos.
www.ricardogondim.com.br

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Vôo de coração

Conheci essa música em 1983, 
(eu tinha 10 anos e já se passaram 30 anos),
e naquela época eu jamais imaginaria que
um dia ela faria tanto sentido.
(...) Como aquele menino, sempre tão imaginativo,
poderia imaginar um futuro desses !?




"No canto da sala, 
no seu holograma,
você parece sorrir.
Você me pisca o olho, 
você me manda um beijo,
parece estar mesmo aqui.

Mas eu só, no apartamento, 
escrevendo memórias 
no velho computador.
Nas asas do tempo, 
vertigem do momento,
vôo de coração, meu amor.

Um mistério e um sorriso 
vão revelar as histórias 
que um belo dia
contarão o nosso momento, 
nesse apartamento,
vôo de coração, meu amor, 
vôo de coração."
- ritchie -

 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Minha opinião

"Mas eu acho que a diegese 
ficou meio comprometida 
nessa cena... sei lá."
- mdi -

Change the world

"Sou alguém que tenta viver duvidando 
o tempo todo das certezas, 
das minhas e das alheias. 
E por isso estou sempre em carne viva. 
Quando acho que sei um pouco sobre mim mesmo, 
eu me desmascaro e escapo de mim."
- eliane brum -


"If I could reach the stars
Pull one down for you
Shine it on my heart
So you could see the truth
That this love I have inside
Is everything it seems
But for now I find
It's only in my dreams."
- eric clapton -


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um domingo qualquer...


Minha vida toda espera algo de mim

ou
É impressionante a falta que ela tem feito esses dias. 
por Marcos Daniel

Já faz praticamente 2 anos que ela se foi e ainda a vejo em todos os lugares. As vezes parece que vou enlouquecer e essas lembranças me travam muito. O que mudou é que agora eu gostaria - na verdade eu preciso - que a vida seguisse em frente, por isso preciso ir embora de Má-ringa o mais rápido possível. Tenho esperança de que morando em outra cidade eu poderei sair de casa sem medo de levar sustos como o de ontem... minhas pernas realmente bambearam, senti uma falta de ar e uma leve vertigem, mas foi só um baita susto, mas acabou sendo um bom teste, decidi que não sairei mais de casa enquanto estiver morando em Má-ringa, não é seguro.

O facebook também esta me fazendo falta, mas o processo foi conduzido com muita calma e parece que dessa vez vai dar tudo certo. Ainda há dois ou três fios soltos, mas serão resolvidos quando chegar a hora. O objetivo era me dedicar à leitura e estudos, mas esse fim de semana acabei apenas dormindo. Esse tempo chuvoso também não tem ajudado, mas como prever essas peças que o clima prega na gente ? 

Não tenho amigos com quem conversar e me sinto absolutamente sozinho, o que é bastante angustiante para mim. Essa é provavelmente a parte mais irônica dessa derrocada iniciada em 2011. Digo irônico porque eu sempre me vangloriei (#NuncaEscrevi) da minha capacidade de cultivar amigos, e veja você que no fim das contas fiquei sem nenhum. Mas também acho que não adianta investir nisso agora, sem saber pra onde eu vou. 

Na verdade minha vida toda espera algo de mim, em todos os aspectos. É um stand-by geral. Não sei por quanto tempo eu ainda ficarei no shopping, mas parece que esse mês será o último. Devo ficar pelo menos um mês parado para, só depois de descansar bastante, procurar o que fazer. (Se bem que eu acho que ficar em casa vai me deixar mais pra baixo ainda.) 

De qualquer forma ouvir Marisa Monte não ajuda em nada.




sábado, 6 de abril de 2013

Mais um sábado chuvoso... muito chuvoso.

Deixa pra depois o que já não precisa esperar
E tudo que não deu pra consertar por culpa do depois.
Não tem jeito não, a gente sempre espera piorar,
a gente sempre deixa de cuidar do que já tem na mão.
Mas é sem querer, sem querer.
Então taí, nosso refrão, taí...

Deixa pra depois o que já não precisa mais deixar,
mudando as mesmas coisas de lugar,
a certa coisa certa a se fazer
E diz que só queria descansar
de quem a gente mesmo escolheu ser
sem querer (é sempre sem querer).
Então taí, nosso refrão taí...

- cícero -