segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Casal projeta vida alternativa

Por Fábio Linjardi


Um casal de professores de yoga pretende transformar o terreno de 3 mil metros quadrados no condomínio Recanto dos Guerreiros, na PR-317 (zona leste de Maringá) em uma pequena comunidade independente.

O projeto elaborado pelo casal Gabriel Moser Galvão Menezes, 25 anos e Talita, 30, prevê a construção de três habitações no terreno, além de um galinheiro, uma horta, uma lavanderia, um viveiro de plantas e uma sala para a prática de yoga.

O casal mudou-se para o condomínio Recanto dos Guerreiros neste ano, após fazer um curso de permacultura em Campo Grande (MS). A permacultura é um método que visa a sobrevivência de uma sociedade em harmonia com o meio ambiente, utilizando a tecnologia.

O combate à poluição é levado tão a sério que o banheiro da propriedade será construído, segundo o projeto, de modo que possibilite a conversão dos dejetos em adubo.

Boa parte da água utilizada nas residências deverá ser recolhida da chuva, sendo depois de usada tratada e despejada nas hortas. O conceito de sociedade alternativa, no entanto, não renega o uso de energia elétrica, telefone e internet.

O objetivo é colocar o plano, batizado de Projeto Canto do Colibri, em prática até 2008. Gabriel e Talita dizem que há mais dois casais de professores de yogas interessados em mudar para a propriedade.

"A gente prevê que o terreno comporta, no máximo, três famílias", diz Gabriel, que que também é estudante de Economia e ceramista do grupo Terra, da Universidade Estadual de Maringá.

"É uma proposta de vida. A intenção é que cada vez seja necessário ir menos à cidade", diz Gabriel.

Talita, que além de professora de yoga é formada em Turismo pela Unopar, de Londrina, lembra que o projeto para a construção da propriedade não deve contrariar a "vocação" do terreno.

Como o terreno não tem pedras, as casas deverão ser construídas com barro, taipa, madeira de demolição, areia e o mínimo de cimento possível.

Além com o Projeto Canto do Colibri, o casal organiza a abertura de uma organização não-governamental, que levará o nome de Instituto PermaYoga.

Uma das finalidades da formação da ONG é viabilizar os recursos necessários para a realização do projeto. Para a comunidade sair do papel são necessários, segundo cálculos que constam do projeto, R$ 76.210,00.

Para chegar à quantia necessária, o casal promove cursos. Para o próximo dia 27, por exemplo, está marcado, na propriedade,um curso de compostagem doméstica, que ensina como trasformar lixo orgânico em adubo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cada um, cada um... No mínimo interessante a iniciativa, em especial a parte do cocô virar adubo... O problema será a sede, afinal a chuva anda bastante escassa!

Anônimo disse...

Sustentabilidade!!
Maravilhosa a iniciativa!!!