Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho e temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão
Reconheço meu pesar quando tudo é traição
O que venho encontrar é a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha e sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas e sempre terá
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
(...)
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
(...)
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa, tudo passará
E nossa história não estará
Pelo avesso assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás, apenas começamos
O mundo começa agora...
Apenas começamos.
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