"Se você é capaz de se indignar com a injustiça, então sim, somos companheiros."
ernesto c. g.
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Hoje, tomado por um sentimento de revolta e indignação em razão de mais uma decisão descabida e arbitrária tomada pelos políticos, escrevo a postagem de número 300 me lembrando da frase acima e de uma conversa que tive recentemente com meu pai.
Falávamos de um situação em que minha irmã se envolverá em um acidente de carro, ela vinha na preferencial e um cara de moto atravessou o sinal vermelho e bateu em cheio no carro. Pois não é que o tal sujeito começou a ligar em casa fazendo ameaças, dizendo que queria uma indenização e etc...
Então meu pai, depois de ter tentado de todas as formas mediar a situação, chegando até ao cúmulo, veja você, de pagar o conserto da moto e fornecer uma cesta básica para a família do cara enquanto ele estivesse acamado, acabou desabafando comigo: - É que eu estou velho, mas se fosse antigamente, ia lá e dava um tiro na cara daquele vagabundo!.
"Posso, sem armas, revoltar-me?" indagava Drummond.
É claro que não estou fazendo apologia a violência, e as palavras do meu velho pai não devem ser levadas ao pé da letra, pois não imagino ele, um poço de bondade, dando um tiro na cara de quem quer que seja.
Me lembrei da época do impeachment do Fernando Collor de Mello. Era Outubro de 1992 e lá estava eu na rua, cara pintada, bandeira do Brasil nas costas, braços levantados, gritando palavras de ordem, ouvindo Gilberto Gil e tudo o mais.
Será que simplesmente nos vendemos por um baixo preço, como diria meu amigo Netinho, ou a rotina, nossos próprios interesses e nossos problemas pessoais acabam nos tragando a tal ponto de perdermos a tal capacidade de nos indignarmos festejada por Che Guevara e nos vendemos por FG's ou celulares usados ?
"Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado..."
É possível ser como Niemeyer, coerente até o final !!??
Falávamos de um situação em que minha irmã se envolverá em um acidente de carro, ela vinha na preferencial e um cara de moto atravessou o sinal vermelho e bateu em cheio no carro. Pois não é que o tal sujeito começou a ligar em casa fazendo ameaças, dizendo que queria uma indenização e etc...
Então meu pai, depois de ter tentado de todas as formas mediar a situação, chegando até ao cúmulo, veja você, de pagar o conserto da moto e fornecer uma cesta básica para a família do cara enquanto ele estivesse acamado, acabou desabafando comigo: - É que eu estou velho, mas se fosse antigamente, ia lá e dava um tiro na cara daquele vagabundo!.
"Posso, sem armas, revoltar-me?" indagava Drummond.
É claro que não estou fazendo apologia a violência, e as palavras do meu velho pai não devem ser levadas ao pé da letra, pois não imagino ele, um poço de bondade, dando um tiro na cara de quem quer que seja.
Me lembrei da época do impeachment do Fernando Collor de Mello. Era Outubro de 1992 e lá estava eu na rua, cara pintada, bandeira do Brasil nas costas, braços levantados, gritando palavras de ordem, ouvindo Gilberto Gil e tudo o mais.
Será que simplesmente nos vendemos por um baixo preço, como diria meu amigo Netinho, ou a rotina, nossos próprios interesses e nossos problemas pessoais acabam nos tragando a tal ponto de perdermos a tal capacidade de nos indignarmos festejada por Che Guevara e nos vendemos por FG's ou celulares usados ?
"Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado..."
É possível ser como Niemeyer, coerente até o final !!??
E o que restou daquela juventude questionadora e libertária, apaixonada e determinada!!!???
Apenas uma nefropatia e várias saudades.
E nada mais.
Apenas uma nefropatia e várias saudades.
E nada mais.
Um comentário:
Mto bom... Difícil saber como proceder, pq não se vender? A q me devo me ater? Se tudo vou perder... Se dos amigos me eskecer... A mim mesmo irei proteger. E os outros esquecer... Ou simplesmente se f...
Infelizmente é assim Insaurralde... Mas não se esqueça q pra se vender são necessárias dois lados: o comprador (e esse está sobrando) e o vendido (e esse depende de cada um). Abraço
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