domingo, 23 de maio de 2010

Sentiremos sua falta Timbú!!!!!!




"Tu te tornas eternamente responsável 
por aquilo que cativas."
Antoine de Saint-Exupéry

Esses tempos atrás li o fantástico livro de Marcos Zusak "A menina que roubava livros", em que a morte narra a história da personagem principal. Texto emocionante e, sobretudo inquietante. Depois li do mesmo autor "Eu sou o mensageiro". Confesso que num primeiro momento achei esse segundo meio bobo, mas foi quando descobri que ele escreveu esse antes daquele que as coisas fizeram mais sentido. O mais novo fala de acaso, de sorte, enquanto o mais velho fala de atitude, de caráter. Fortuna e Virtude

Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e as necessidades do mesmo, à sorte da pessoa. É externa ao homem e desafia suas capacidades. Virtude, (não confundir com a virtude moral) é justamente a capacidade do indivíduo de controle das ocasiões e acontecimentos, ou seja, de controlar a Fortuna.

Mas daí, quando a Fortuna parece estar sob controle, eis que o acaso aparece e o sujeito perde o controle da situação. Então a Virtude (entendido aqui como a maneira como se vê a realidade) é alterada, o indivíduo aprende, se renova e passa a utilizar essa nova concepção de mundo para tentar controlar a Fortuna. E assim a vida segue, nessa dicotomia Virtude versus Fortuna.

Tá me entendendo !?

Então é preciso aprender com a Vida!? Curioso que hoje mesmo troquei uma idéia com o Danilo sobre o sentido da vida, e tentei dizer pra ele mais ou menos isso. Essa merda toda é pra aprendermos, nos tornarmos melhores e ensinarmos às futuras gerações. Fácil né !?

Fácil o cacete!!!! A parte de tentar ensinar pra gurizada até que é sussa-sussu, pelo menos pra mim. O foda é aprender com as cacetadas, se renovar à partir das vicissitudes. (Eita palavra danada di bunita sô!!!).

O que aprender com a morte do Timbú!? Não consigo deixar de me perguntar se fiz tudo o que era possível por ele. Não agora depois que ele já estava doente. Mas digo quando ele era sadio e só nos trazia alegrias. Acho que nunca vou me perdoar por ter me mudado para a casa em que moro agora. Não sei muito bem como explicar, mas eu sabia que algo de ruim iria acontecer com ele nessa casa. Ele era a “pessoa” mais frágil da família. Foi uma mudança muito grande pra ele, que estava acostumado com apartamento. Em nenhum momento, nunca passou pela minha cabeça que o melhor talvez fosse doá-lo para alguma entidade ou para outra família que pudesse cuidar melhor dele. Deixei que pessoas que não o amavam como eu amava decidissem sobre a vida dele e sei que ele sofreu desnecessariamente. (Eita palavra danada di cumprida sô!!!).

Mesmo depois que ele adoeceu, a prioridade não foi ele. Ponderamos sobre tudo, menos o que era melhor para ele. Fico me perguntando: Porque estou sofrendo tanto agora que ele se foi se não fiz nada de concreto além de ficar assistindo ele sofrer quando ainda dava tempo de amá-lo ?

Aprenda Marcos ! Aprenda Marcos ! Aprenda Marcos !

Controlar a Fortuna desenvolvendo a Virtude (as prioridades). Não cative nada se você não tiver competência para se responsabilizar por elas.

Escrevo isso com lágrimas nos olhos. Ele era lindo, carinhoso, manhoso e sempre mostrava que me amava, ao seu jeito, mas mostrava. Eu sei que eu o amava, mas não priorizei seu bem estar e a Fortuna tomou conta de tudo.

O preço foi caro, mas espero ter aprendido. Preciso tomar uma atitude com relação à minha vida antes que mais alguém ou algo morra.

Entendeu mais ou menos !?

E pra você que acha frescura sofrer por causa da morte de um gato: VAI TOMAR BEM NO MEIO DO SEU CÚ !!! (com acento mesmo!!!)

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