terça-feira, 31 de agosto de 2010

Agende-se



XII JORNADA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CAMPUS DA UNESP DE MARÍLIA - SP


PROGRAMAÇÃO

08/11/2010 (SEGUNDA-FEIRA)
14h00
Recepção dos inscritos e de convidados

Atividades culturais

19h30
Abertura solene

20h00
Evento cultural

20h30
Conferência: O Fundamento da Cultura. A contribuição da antropologia brasileira
Expositora: Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago)


09/11/2010 (TERÇA-FEIRA)
8h30
Mesa-redonda: A produção antropológica e seu contexto

As pesquisas e os estudos de Manuela Carneiro da Cunha marcaram profundamente a prática da Antropologia no Brasil e tiveram grande impacto tanto acadêmico como político. Sua obra abrange temas tais como história indígena, ciência tradicional e identidade étnica, de maneira que é lícito afirmar que sua produção antropológica tanto foi quanto é suscitada pela relevância política das temáticas que ela aborda. Assim como é igualmente pertinente afirmar que sua obra contribuiu para dar relevância a muitos dos temas objetos do seu interesse. Um impacto que, inclusive, vai além das fronteiras do ambiente acadêmico. São os casos, por exemplo, do lugar das sociedades indígenas na historiografia brasileira e dos direitos dos índios à terra, ou, mais recentemente, seus estudos sobre o conhecimento tradicional e os direitos intelectuais das sociedades indígenas e populações tradicionais.
O escopo da presente mesa é, precisamente, debater a produção acadêmica de Manuela Carneiro da Cunha, seja no que se refere aos contextos – intelectual, político - em que seus estudos foram e são produzidos, seja em relação às contribuições teóricas e políticas de seus trabalhos e aos diálogos intra e inter-disciplinares que permeiam sua produção antropológica mais especificamente no campo do método estrutural.

Expositores: 
Mauro W. Barbosa de Almeida (Unicamp)
Verena Stolcke (Universidade de Barcelona)
Ennio Candotti (UFES)
Rubem Ricúpero (MRE)

Coordenador:
Antônio Mendes da Costa Braga (Unesp-Marília)
Debatedor: Christina de Rezende Rubim (Unesp-Marília)


14h30
Sessão de Comunicações

Sessão de Vídeo: 
Os Intérpretes do Brasil.

Debatedores:
Isa Grinspun Ferraz (Documentarista)
Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago)
Célia Tolentino (Unesp-Marília)

20h00
Mesa-redonda: A Amazônia e o pensamento de Manuela Carneiro da Cunha

Esta mesa focaliza os interesses de investigação científica e a produção acadêmica de Manuela Carneiro da Cunha sobre os direitos dos povos indígenas que habitam a Amazônia e sobre a importância do conhecimento tradicional. Esses dois investimentos de pesquisa alargam a perspectiva da questão da diversidade cultural e da biodiversidade.
A reflexão de Manuela sobre diversificados sistemas de pensamento, presentes em situações de dominação colonial, fornece um aporte analítico para discussões mais complexas. Isto é verdade, sobretudo, em relação aos projetos de desenvolvimento econômico que põem em risco a diversidade do gênero humano e da flora e fauna amazônicas. Ao demonstrar vários pontos de vista sobre a floresta, seu trabalho oferece a possibilidade de entendimento sobre a pluralidade de perspectivas dos grupos humanos, suas práticas e seus discursos. A homenageada apresenta elementos para a tomada de consciência da alteridade e, com isso, contribui para efetivas condições de comunicação orientadas por avaliações políticas mais precisas.

Expositores:
Edilene Cofacci de Lima (UFParana)
Deborah Lima (UFMG)
Laure Emperaire (Instituto de Recherche pour le Developpement - Marcelle – França)

Coordenadora:
Graziele Accçolini (Unesp-Marília)

Debatedores: Eduardo Viveiros de Castro (Museu Nacional - RJ)
Edmundo Peggion (Unesp-Araraquara)


10/11/2010 (QUARTA-FEIRA)
8h30
Mesa-redonda: História dos povos indígenas

Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de diferentes grupos étnicos, linguísticos e nações. A situação e a história destes povos é bem conhecida, marcada pelo extermínio, violência e escravização. Além disso, a catequização contribuiu para o desaparecimento de várias de suas crenças religiosas e tradições culturais. Muitas comunidades indígenas enfrentam hoje miséria, doenças, descaso das autoridades, discriminação e têm sua terra ameaçada pelo desmatamento, pela grande proporiedade agrícola e pelos projetos de grandes hidrelétricas. A antropologia, a participação de diferentes grupos sociais e a organização dos povos têm colocado a situação dos indígenas como problema nacional de primeira ordem e têm contribuído para uma nova conpreensão do papel e da importância desta diversidade para o país e para as futuras gerações de indígenas. Nesse sentido, a inigualável etno-diversidade do Brasil está em vias de preservação e recuperação pela organização e auto-consciência dos grupos indígenas de várias regiões, sobretudo na grarde região amazônica.
Esta mesa pretende abordar aspectos da obra da antropolóloga Manuela Carneiro da Cunha principalmente em termos do seu compromisso com a dignidade e os saberes dos povos indígenas do país.

Expositores:
John Monteiro (Unicamp)
Nádia Farage (Unicamp)
Marta Rosa Amoroso (USP)
Charlotte de Castelnau-l’Estoile (a confirmar)
Raimundo Nonato Pereira da Silva (UFAM)

Coordenadora:
Bernadete Castro (Unesp-Rio Claro)

Debatedora:
Graziele Acçolini (Unesp-Marília)

14h30
Sessão de Comunicações
Sessão de Vídeos Etnográficos

20h00
Mesa-redonda: Negro e etnicidade

A compreensão da questão do negro exige mediação entre reflexões teóricas e contextualizações históricas, entre construções culturais e conflitos sociais. A história recente tem mostrado que o tema do negro e da etnicidade está na ordem do dia não apenas em termos de afirmação de identidades e de recuperação de tradições culturais, mas também em termos do contato entre antropologia e formação de uma nova consciência da pluralidade étnica do país.
Esta mesa propõe-se a revisitar os diversos e importantes trabalhos da homenageada sobre a etnicidade e sua contribuição para a análise da situação das populações negras não somente no Brasil, mas, inclusive, na África: do papel da alforria na sociedade escravocrata brasileira à recriação da brasilidade em terras africanas por “negros estrangeiros”, além de outras reflexões acadêmicas e atuações políticas fundamentais de Manuela Carneiro da Cunha.

Expositores:
Beatriz Gois Dantas (UFSergipe)
João José Reis (UFBA)
Florência Ferrari (USP)
Omar Ribeiro Thomaz (Unicamp)

Coordenador:
Andreas Hofbauer (Unesp-Marília)

Debatedor: Vagner Gonçalves da Silva (USP)


11/11/2010 (QUINTA-FEIRA)

8h30
Mesa-redonda: Antropologia e política

No texto “Antropologia e política” da autora Karina Kuschnir, pode-se ler o seguinte sobre as relações entre estes termos: "A abordagem da política pela antropologia pode ser definida de uma forma simples: explicar como os atores sociais compreendem e experimentam a política, isto é, como significam os objetos e as práticas relacionadas ao mundo da política.”
Podemos dizer que no final dos anos 70 e quase toda a década de 80 foi possível observar o engajamento dos antropólogos neste projeto. O indigenismo, que sempre foi uma das inúmeras faces do Estado, passou a contar com militantes que se posicionaram contra o Estado. Ele começou a navegar nos barcos indígenas, partilhando por algum tempo com a vida indígena. Experimentou perspectivas culturais fundamentalmente distintas das nossas, em particular naquilo que nós chamamos de ação política. Neste contexto nasceram as pró-índios e ongs que dedicaram e ainda continuam dedicando boa parte das suas energias neste já longo diálogo com o pensamento indígena. A participação da Professora Manuela Carneiro da Cunha neste processo foi da mais extrema importância.
Neste sentido, esta mesa pretende resgatar um pouco deste experimento político que levou antropólogos e indígenas a navegarem juntos num percurso cujo primeiro resultado foi ampliar a resistência contra uma ditadura etnocêntrica.

Expositores:
Paulo Santilli (Unesp-Rio Claro)
Sônia Magalhães (UFPA)
Maria Rosário Carvalho (UFBA)
Graziela Santana (Unesco)

Coordenador:
Sérgio Augusto Domingues (Unesp-Marília)

Debatedora:
Sylvia Caiuby Novaes (USP)

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