terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre Abraços e Relacionamentos Utilistas



Passado um tempo da tragédia, vejo o quanto os amigos são fundamentais. Mas já felei isso repetidamente no FaceBook. Tenho outras questões ainda a resolver... ou a entender.

Ficamos juntos, eu e a Fabiola, por quase 14 anos. Considero bastante tempo. Ela já deu provas de que esses anos não significaram nada pra ela. Tenho conseguido ficar afastado dela a uma distância que também considero razoável, à pedido dela. Mas confesso que acho estranho isso. Juro por Deus que não entendo porque ela me trata como um leproso. Porque não podemos ser amigos ? Meu Deus, independente do que houve entre nós, sempre e a qualquer tempo, se algum estranho me pedisse um abraço eu jamais negaria. Porque então isso agora !? O mais curioso é que esse comportamento vingativo não combina com ela. Você que esta lendo essas palavras talvez conheça ela também. Será que ela sempre foi assim e eu não via !?

Alguém dirá que isso é "natural". Me disseram que agora sim, depois da separação, eu conheceria de fato quem é a Fabíola. Tenho ouvido inúmeras "receitas" de como agir e de como não proceder. Mas sempre reajo e respondo com a mesma firmesa: Ela é diferente, não vai funcionar. 

Acredito no caráter dela acima de tudo. Vivi com ela por muitos e felizes anos e confio nela. Mas não entendo esse comportamento belicoso. Acreditei que teríamos um relacionamento evoluído em relação aos nossos pais (meus pais e os dela também são separados).

Percebo que hoje em dia em que tudo é descartável, todos os relacionamentos tem esse caráter utilista. Só nos fixamos a um relacionamento, de qualquer natureza, se ele nos trouxer algum "lucro" palpável. Ninguém esta mais disposto a sacrifícios. Isso também é natural, dizem. Fruto dos novos tempos. O Amor, o amorzão antigo perdeu muito do valor.  Dia desses ela me disse que sabe que eu a amo, mas que isso não significa nada pra ela. Coisa triste de se ouvir. 

Fico pensando se ela esta se vingando, se esforçando pra me magoar. Penso que talvez esteja sob influência de alguém. Mas ao mesmo tempo penso que talvez ela também esteja sofrendo com isso. Talvez sofra quando me vê. Não tenho esperança que sofra de saudade ou de amor. Se sofre provavelmente sofre ao lembrar desse tempo que passamos juntos que pra ela foi tão ruim.

Somos muito jovens ainda e espero sinceramente que ela aprenda que não se nega um abraço a ninguém deliberadamente, independente da justificativa.

Acho que a vingança é como um miojo com tang, enquanto o perdão é uma bela lasanha com vinho.

Sigo amando, sofrendo e desejando muito um abraço. 

Reitero meu profundo agradecimento à todos os amigos, de algures e alhures, novos e antigos, meninos e meninas. Obrigado.

T+


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