Ontem falávamos do fatídico 11 de setembro, e os EUA (país desenvolvido) fizeram pelo sexto ano consecutivo uma série de homenagens às vítimas da tragédia, citando nome a nome todas as vítimas daquela tragédia.
Provavelmente se o Osama houvesse cometido um atentado em algum prédio brasileiro, seis anos depois teríamos um pesque-e-pague no local, propriedade de algum deputado sagaz que enxergou uma grande oportunidade no buraco aberto pelo impacto.
O que aconteceu com os parentes das vítimas do vôo... qual era mesmo o vôo que caiu após a colisão com o Legacy? Ou este mais recente que colidiu com o prédio da TAM? Bom, voltemos ao foco desta análise, o Sr. Renan Calheiros. Renan foi o primeiro presidente do Senado submetido no Brasil a um julgamento com possibilidade de cassação, e foi absolvido ontem por 40 votos contra 35 e 06 abstenções.
Porque citar a quantidade de votos? Ora, porque foi esta quantidade que decidiu o ensejo de mais este capítulo da vergonhosa história brasileira.
Façamos então um estudo destes números:
• 40 votos contra – Bom, este número não merece muita atenção tratam-se dos filhos da puta que deviam, devem e deverão à nação e à corja que pertencem e jamais poderiam votar de maneira diferente.
• 35 votos a favor – Aqui tratam-se daqueles cornos que já sabiam que seus votos não influenciariam no resultado final, são como aqueles eleitores burros que votam no candidato tosco que recebe apenas os votos de alguns de seus familiares.
• 6 abstenções – Este sim é um número bom para ser entendido. Em um universo de 81 votos, onde a divisão ocorreu da forma acima (40 contra 35), esses outros seis votos equivalem a um erro de 15%. Para você entender melhor é como se você ouvisse no rádio que o Botafogo ganhou do Corinthians por 3 a 2, mais admite a hipótese de, na verdade, ter acontecido um empate de 2 a 2. Essa parcela de votantes é como um marido que chega em casa e vê sua esposa na cama com um brutamontes e não faz absolutamente nada. Trata-se daquele imbecil que prefere não fazer nada para não se "queimar", é o voto branco que depois alega: "eu não fui complacente com isso".
Porque não tomar partido das coisas? Porque é bem mais fácil, porque a maioria das pessoas são assim, porque o brasileiro fala mais não age, porque ficar em casa assistindo Faustão e tomando cerveja quente é cômodo, porque todos queriam estar no lugar do Renan, porque a memória brasileira é como um 486, porque uma andorinha só não faz verão, porque ser mártir nesse país porco é ser esquecido, porque o jornal é feito para brasileiro Homer Simpson, porque pimenta no cu alheio é refresco, simplesmente porque
os porquês custam a ser aprendidos.
Portanto se você ler este singelo artigo e se sentir indignado ou algo semelhante, não faça nada, volte ao que estava fazendo e espere que um "louco" no ápice de sua insanidade dê um tiro na cabeça de um senador ou deputado vagabundo (qualquer um), e se entregue à polícia para que os outros possam aprender pelo exemplo, assim como disse um grande camarada meu.
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