quarta-feira, 22 de junho de 2011

Valsa Brasileira___chico buarque / edu lobo



Valsa Brasileira___chico buarque / edu lobo

Vivia a te buscar
Porque pensando em ti corria contra o tempo
Eu descartava os dias em que não te vi
Como de um filme a ação que não valeu
Rodava as horas pra trás, roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho pra encostar no teu

Subia na montanha
Não como anda um corpo mas um sentimento
Eu surpreendia o sol antes do sol raiar
Saltava as noites sem me refazer
E pela porta de trás da casa vazia
Eu ingressaria e te veria
Confusa por me ver
Chegando assim mil dias antes de te conhecer

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Renato Russo e Legião Urbana inspiram novos filmes nacionais


Em breve, uma Brasília diferente da exibida diariamente nos telejornais ganhará as telas dos cinemas brasileiros. Dois longas-metragens baseados na obra da banda Legião Urbana e na vida de seu vocalista, Renato Russo, além de um documentário sobre o rock brasiliense na década de 1980 prometem jogar luzes sobre um dos momentos mais instigantes da música popular brasileira e atrair um olhar diferenciado para a capital do país.

O cineasta Vladimir Carvalho garimpou em seu arquivo pessoal as imagens que utilizará no documentário Rock Brasília – Era de Ouro. Entre as muitas cenas históricas captadas pelo próprio documentarista há imagens como as do último show da Legião Urbana em Brasília, realizado em 18 de junho de 1988, no estádio Mané Garrincha, ocasião em que um quebra-quebra deixou centenas de feridos.

Dirigido pelo cineasta brasiliense René Sampaio, o longa-metragem Faroeste Caboclo se inspira na famosa canção sobre a saga do “aprendiz de carpinteiro” João de Santo Cristo no Distrito Federal (DF), onde ele se torna “bandido destemido e temido” antes de conhecer Maria Lúcia, “uma menina linda”, a quem ele promete seu amor.

As principais cenas estão sendo filmadas na Cidade Ocidental (GO), a cerca de 40 quilômetros do centro de Brasília. As ruas do município goiano retomam as de Ceilândia no final da década de 1970 – cidade do DF onde, na letra da música, ocorre o duelo mais conhecido do rock nacional. A expectativa é que o filme seja lançado ainda este ano.


Com Fabrício Boliveira e Isis Valverde nos papéis de Santo Cristo e Maria Lúcia, o elenco conta ainda com Felipe Abib, Antonio Calloni e um grande número de figurantes. Segundo o produtor Marcello Maia, além de quatro estudantes de cinema de uma universidade local, a produção empregou mais de uma centena de profissionais brasilienses, gerando empregos diretos e indiretos. E irá surpreender quem acha que Brasília se limita aos cartões-postais do Plano Piloto.

Outra produção a se apropriar de uma canção da Legião Urbana, Somos Tão Jovens é dirigida por Antonio Carlos da Fontoura. O filme trata da adolescência de Renato Russo, fase em que, devido a uma doença óssea rara, o futuro ídolo tinha de permanecer em casa, lendo e sonhando com o sucesso. Muitas das suas canções que mais tarde se tornariam conhecidas começaram a ser compostas neste período.





Fonte: Vermelho

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Apelo___dalton trevisan

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.

Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

Aaron Lewis - Black (Pearl Jam)

"...I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a star
In somebody else's sky,
But why, why, why
Can't it be, can't it be mine..."


quinta-feira, 9 de junho de 2011

3porcento

A história é simples. Em um futuro próximo, o mundo seria dividido em dois lados, um bom e um ruim. No “lado bom” há uma vida próspera, com curas para doenças, bons trabalhos e boa remuneração. No “lado ruim”, todos vivem de serviços e ganham mal, sofrem. Ao chegar aos 20 anos, as pessoas do lado ruim podem tentar entrar para o “lado bom”, mas só 3% conseguem (sacaram o nome?). A série conta a história de alguns postulantes ao “lado bom”, e as perigosas provas que enfrentam.

É uma metáfora simplória do vestibular. No mundo real, apenas 3% dos brasileiros conseguiam completar um curso universitário. Mas a série não deixa de ser interessante, e provoca curiosidade por uma possível continuação. Pelo menos a produção é bem cuidada, e os atores, desconhecidos, não decepcionam.



Veja também o Episódio 2 e o Episódio 3.

Fonte: Revista Época.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Oswaldo Montenegro - Metade

Desde a minha adolescência eu sempre ADOREI esse texto,
e esbarrei com ele várias vezes ao longo da vida.
Mas jamais poderia imaginar que um dia ela faria tanto sentido.






Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pitanga em Pé de Amora

Diego Casas - violão e voz
Daniel Altman - violão 7 cordas e voz
Ângelo Ursini - saxofone, clarinete e flauta
Gabriel Setúbal - trompete, violão e voz
Flora Poppovic - percussão e voz

O grupo paulistano Pitanga em Pé de Amora é formado por 4 rapazes e uma moça, idade média 24 anos, com um trabalho 100% autoral. Influenciados por gente do porte de Guinga, Tom Jobim, Chico Buarque, Paulo César Pinheiro e Pixinguinha, os cinco amigos de adolescência, compositores e intérpretes, apresentam um frescor a canção popular com seus instrumentos acústicos. Ângelo Ursini (saxofone, clarinete e flauta), Daniel Altman (violão 7 cordas e voz) e Gabriel Setúbal (trompete, violão e voz) se revezam nas composições do grupo que tem Diego Casas (violão e voz) como letrista oficial. E, Flora Poppovic, além da percussão precisa, principal intérprete, dá o toque feminino à banda com sua linda voz. Os arranjos se resolvem sempre de maneira coletiva – sambas, choros, frevos e canções fazem parte do repertório. A revista Época SP (set/10) elegeu o Pitanga como a “melhor banda nova” e a revista Marie Claire (mar/11) cita o grupo como “ótima promessa da música brasileira”. O cd de estreia, gravado no Espaço Cachuera! no segundo semestre do ano passado, foi disponibilizado na internet assim que ficou pronto – integral e gratuitamente – no site www.pitangaempedeamora.com.br, e continua lá. Sucesso de crítica, a turnê oficial de lançamento do cd se iniciou com show no Auditório Ibirapuera, dia 08 de maio, com casa lotada em pleno Dia das Mães. O Pitanga participou também recentemente de programas de rádio (CBN, Eldorado, Jovem Pan, USP FM, Cultura Brasil, etc.), do programa Sr. Brasil/TV Cultura, de Rolando Boldrin, e do programa Estúdio i (GloboNews).

Download integral e gratuito do cd no site da banda: www.pitangaempedeamora.com.br