quinta-feira, 29 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Deus trabalhando nos bastidores... e cuidando dos detalhes.

Quando vim pra Maringá, em Abril de 1995, passei a morar na república dos meus "primos", Marilene, Ronni e Marilei. Na época o Ronni cursava Engenharia Civil na UEM e a Marilei Odontologia. Marilene, já formada em Direito, trabalhava como corretora de imóveis e estava sempre atribulada, de modo que acabamos convivendo pouco. Passava mais tempo com o Ronni e com a Marilei. 

Foi uma época bastante turbulenta em minha vida. Nada que se compare às provações que estou passando agora, mas considerando as condições nas quais cheguei aqui, foram dias bastante incertos. Mas por outro lado foi um período de descobertas. Saindo da casa dos pais, vindo pra uma cidade estranha para morar com parentes até então estranhos. Não foi fácil.

Mas hoje, olhando pra trás vejo tudo aquilo com uma certa saudade até. As preocupações eram bem menores e o futuro não estava na ordem do dia.

Mas o que me lembro muito bem é a amizade que estabeleci rapidamente com a Marilei. Talvez porque nós dois nascemos no ano de 19**.... (deixá pra lá!!!), ou talvez por questão de afinidade mesmo (esse negócio de afinidade sempre vai me lembrar o BBB.) Mas o fato é que, já desde aquela época gosto muito dessa minha prima.

Mas eis que a vida nos separou. Houve um "paredão" e eu fui eliminado. Rs rs rs.......



Tenho já, de certa forma, essa dívida com a Marilei. Digo isso porque ela ajudou a tornar essa fase da minha vida bem mais digerível. E olha que ela foi bastante paciente. Naquela época eu era demasiado jovem e não dava muita importância a coisas do tipo... arrumar a cama, lavar a louça, enfim, afazeres domésticos.

Dizer obrigado só não resolveria a questão. Mesmo assim, obrigado, ainda que tardiamente. 

Fiquei muitos anos sem noticias da prima Marilei, limitadas às festas regulamentares, Natal, Ano Novo, alguma formatura e coisas do gênero. Tive a feliz surpresa de revê-la na formatura da Fernanda, mês passado. Conversamos sobre as vicissitudes da vida, casamentos desfeitos e afins. Coisas da vida.

Mas é lógico que não estou nessa onda saudosista e obrigadosista do nada.

Não bastasse essa divida que tenho com ela e, extensivamente com meus outros "primos" (incluindo aqui prima Mariluce.) , eis que agora estou devendo mais alguns barões pra Marilei... e essa vai ser difícil de acertar.

Hoje a Marilei me indicou um filme. "Prova de Fogo". Não sei como descrever tudo o que está acontecendo na minha vida. Deus tem usado recursos e pessoas para falar comigo. Mas desta vez ele me surpreendeu pela precisão. Incrível Ele utilizar tantos recursos pra produzir um filme, aliás muito bem produzido, especificamente para falar comigo. Tô sem palavras !!!

Obrigado Marilei, sobretudo por se colocar à disposição de Deus para abençoar a minha vida. Obrigado pelas conversas que temos tido e, por favor, continue orando por restauração. 

Ora daí que eu oro daqui.

 Beijos pra você e pra Luana...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sobre Amores e Provas


Se é amor tem desencontros. Amar também um contra o outro
E lutar sempre por esse amor, que morre e reascende melhor
Existem provas de amor, provas de amor, apenas provas de amor,
Mas não existe o amor, apenas provas de amor.

Hoje acredito que o amor realmente não acaba, se acabou, nunca existiu. Se existiu, ainda está lá. Mas veja bem, o sentimento Amor não resolve quase nada sozinho. Ele é apenas uma ferramenta, assim como outras habilidades que eu e você temos. O importante é o que cada um produz com essas ferramentas. Conheci ao longo da vida muitas pessoas extremamente inteligentes e habilidosas mas que, sem a atitude correta, não conseguiram construir nada com esses talentos.

Com o amor é a mesma coisa. Existe o amor sentido e existe a aplicação cotidiana dele, que é o amor praticado, e praticado diuturnamente, e isso dá trabalho. O amor exige provas diárias, de hora em hora, de minuto em minuto.

Me lembro de uma situação na minha infância e adolescência que sempre me incomodou. Quando um amigo ou amiga chegava pra mim e fazia aquela chantagem emocional básica: Se você não fizer tal coisa eu vou embora, ou eu nunca mais falo com você.

Quando isso acontecia, eu sempre ficava com a impressão de que minha relação de amizade com essa pessoa só interessava para mim. Para o outro tanto faz a minha presença ou a minha amizade, como se o fato de estarmos ali juntos fosse um favor que ele(a) me prestava. Coisa estranha isso.

Hoje tenho um grupo de amigos que bebe muito, e para eles beber junto é prova de amizade. Pois bem, eu não bebo. Bebi bastante no inicio da crise, mas hoje não bebo mais, e não bebo porque não gosto de beber, só isso. Não tenho nada contra quem bebe, desde que não faça mal a outras pessoas.

Mas por não beber com os “camaras” minha amizade tem sido questionada. Todo fim de semana saímos juntos e eles bebem e todos tem que beber pra provar que se amam (daí vem o termo amigo, aquele que ama). E a amizade, pra esse grupo, se resume a isso: Se bebe é amigo, se não bebe não é.



Essa simplificação do conceito de relacionamento me parece bastante perigosa, mas bem comum hoje em dia. O caráter utilista das relações, do qual já tratei em outro artigo, exige que o tempo todo estejamos avaliando nossas relações, qualquer que seja sua natureza, para sabermos se não estamos “ficando por baixo”, se não estamos dando mais do que recebendo. É triste, mas será que realmente é errado ?

Confesso que por muito tempo, devido à minha formação digamos “humanista”, fui avesso a essa abordagem fria e racional das relações. Quem me conhece a mais tempo sabe que sou bastante impulsivo, sanguíneo, temperamental, enfim, marcas da bi-polaridade. Sempre coloquei os sentimentos à frente da razão, e sempre paguei por isso.

Mas hoje, em face dos últimos acontecimentos, tenho tentado reler essa minha postura diante dos amores. Talvez, e veja que eu disse talvez, o amor incondicional seja realmente um erro. Pra mim amor incondicional sempre foi um pleonasmo, uma licença poética. Por isso confesso que me dá até uma dor no peito dizer uma coisa dessas, mas talvez eu estivesse enganado a vida toda. Talvez seja preciso fé cega e pé atras. 

Será !?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Daí, que é sobre esperança e tempo que falaremos agora...



Adaptado do excelente Blog Tempestade de Idéias de @Beth_Amorim____________________________________________________
"Nos últimos meses disseram-lhe várias [e várias] vezes que só o tempo seria capaz de ajudá-lo a atravessar a tempestade que se abateu sobre sua vida. Disseram-lhe também para ter esperança, pois, com o passar do tempo, as coisas voltariam ao normal(?). 
(...)E, "fã do tempo" como sempre foi, sabia que as pessoas estavam corretas. Percebeu que ele seria seu grande aliado, embora não tivesse muita noção de como essa "aliança" funcionaria... Ou, quanto tempo levaria o tempo para desfazer aquelas nuvens escuras da tempestade...
 (...)

Para ele foi uma eternidade. Um período escuro, cheio de desesperanças, que o sufocou, que o devorou como um bicho carnívoro e faminto devora sua presa enquanto ela ainda está viva. [Lembrando que, enquanto agonizava, a pobre e desgraçada presa sentia cada mordida, cada pedaço arrancado, cada parte de si que padecia diante da fera...] 
Assim foram seus dias. Sentiu todas as dores possíveis. Amargurou-se. Achou que aquele momento seria eterno e que a sua vida fosse ficar encoberta pela escuridão por longos e longos anos... Encheu o peito de tristeza e melancolia. Gritou várias vezes na esperança de aplacar um pouco mais a dor.  Depois de muito agonizar, ela agarrou-se ao tempo e ao amor-próprio para sobreviver. Mesmo dilacerado, percebeu que a vida continuava. Sentiu a esperança brotar novamente dentro do seu ser.
Porém, a "platéia" julgou que isso foi muito pouco. Queriam ver mais sangue na arena. Queriam ver mais lágrimas, mais dores, mais desespero. Queriam que as feridas continuassem abertas e  sangrando a cada cutucada do algoz chamado "saudade". Talvez até quisessem que isso durasse pra sempre... É, talvez.
Por isso, decepcionaram-se tanto com sua rápida(?) cura. Entristeceram-se bastante com sua alegria repentina. Abismaram-se com seu renascimento. Acharam um absurdo sua "ousada tentativa" de sair daquele suplício - mesmo com todas as feridas ainda em processo de cicatrização. 
Mas, enquanto todos espantavam-se, ele não perdia tempo: abraçava a vida, colocava um sorriso no rosto e aproveitava cada um de seus dias. Isto é, ele passou a viver uma vida que era somente dele e de mais ninguém."

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Queria ter forças pra te jogar na parede e fazer passar. Mas não tenho mais.

Adaptado do Dimensões de Júpiter, da @Castro_Julia
Colei aqui só porque tive um dia muito ruim. Mas acabou !!!
____________________________________________

“Não é nada.”
É só vontade de sentar de baixo do chuveiro e esperar passar.
É só vontade de enxergar alguma coisa no espelho.
Porque ”Eu” não significa nada. Acho que pra ninguém.
(...) 
Tenho vontade de uma coisa só: Vontade de viver você. 
Dia que não chega nunca!

“Tudo bem?”
também não significa nada.
Se respondo “sim” pensando em chorar, tem alguma coisa errada.
Se recebo sorrisos amarelos em resposta,
só me resta mesmo é sentar e esperar acabar.
Que seja com tempo ou que seja com o “nada”.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sobre Abraços e Relacionamentos Utilistas



Passado um tempo da tragédia, vejo o quanto os amigos são fundamentais. Mas já felei isso repetidamente no FaceBook. Tenho outras questões ainda a resolver... ou a entender.

Ficamos juntos, eu e a Fabiola, por quase 14 anos. Considero bastante tempo. Ela já deu provas de que esses anos não significaram nada pra ela. Tenho conseguido ficar afastado dela a uma distância que também considero razoável, à pedido dela. Mas confesso que acho estranho isso. Juro por Deus que não entendo porque ela me trata como um leproso. Porque não podemos ser amigos ? Meu Deus, independente do que houve entre nós, sempre e a qualquer tempo, se algum estranho me pedisse um abraço eu jamais negaria. Porque então isso agora !? O mais curioso é que esse comportamento vingativo não combina com ela. Você que esta lendo essas palavras talvez conheça ela também. Será que ela sempre foi assim e eu não via !?

Alguém dirá que isso é "natural". Me disseram que agora sim, depois da separação, eu conheceria de fato quem é a Fabíola. Tenho ouvido inúmeras "receitas" de como agir e de como não proceder. Mas sempre reajo e respondo com a mesma firmesa: Ela é diferente, não vai funcionar. 

Acredito no caráter dela acima de tudo. Vivi com ela por muitos e felizes anos e confio nela. Mas não entendo esse comportamento belicoso. Acreditei que teríamos um relacionamento evoluído em relação aos nossos pais (meus pais e os dela também são separados).

Percebo que hoje em dia em que tudo é descartável, todos os relacionamentos tem esse caráter utilista. Só nos fixamos a um relacionamento, de qualquer natureza, se ele nos trouxer algum "lucro" palpável. Ninguém esta mais disposto a sacrifícios. Isso também é natural, dizem. Fruto dos novos tempos. O Amor, o amorzão antigo perdeu muito do valor.  Dia desses ela me disse que sabe que eu a amo, mas que isso não significa nada pra ela. Coisa triste de se ouvir. 

Fico pensando se ela esta se vingando, se esforçando pra me magoar. Penso que talvez esteja sob influência de alguém. Mas ao mesmo tempo penso que talvez ela também esteja sofrendo com isso. Talvez sofra quando me vê. Não tenho esperança que sofra de saudade ou de amor. Se sofre provavelmente sofre ao lembrar desse tempo que passamos juntos que pra ela foi tão ruim.

Somos muito jovens ainda e espero sinceramente que ela aprenda que não se nega um abraço a ninguém deliberadamente, independente da justificativa.

Acho que a vingança é como um miojo com tang, enquanto o perdão é uma bela lasanha com vinho.

Sigo amando, sofrendo e desejando muito um abraço. 

Reitero meu profundo agradecimento à todos os amigos, de algures e alhures, novos e antigos, meninos e meninas. Obrigado.

T+