sábado, 23 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Bullying também ocorre no ambiente de trabalho


Depois de muito esforço, a jovem, que antes só tinha o ensino médio, conseguiu ingressar na faculdade, graduar-se e finalmente conquistou uma promoção no trabalho. O que era para ser motivo de comemoração acabou virando um pesadelo. Ela foi literalmente perseguida por "colegas" de trabalho - inconformados pelo fato de ter sido promovida, com menos tempo de empresa do que outros.

Na opinião do psicólogo Fernando Elias José (que relatou este episódio lamentável sem citar o nome da pessoa e da empresa), a jovem perseguida foi vítima de bullying e, embora seja mais comum ouvirmos falar de bullying em casos de desrespeito entre alunos em colégios, o termo também se encaixa muito bem para traduzir o conjunto das mais diversas formas de humilhações repetitivas e intencionais que muita gente acaba sofrendo, calada, no mundo corporativo.

De acordo com Elias José, o "bullying empresasarial" pode se caracterizar como uma forma de preconceito que se caracteriza, muitas vezes, de maneira sutil ou até mesmo grosseira. As pessoas são excluídas e rechaçadas pelos colegas ou pelos seus superiores".

Consequências

As consequências, considera Elias José, são muito ruins, pois quem sofre bullying geralmente não consegue estabelecer bons vínculos afetivos e sociais. Conforme relata o psicólogo, as vítimas podem acabar ficando sozinhas, não crescem profissionalmente e nem mesmo pessoalmente.

Os apelidos e os estigmas criados com as práticas de humilhação no ambiente de trabalho tardam a serem esquecidos e o conselho para que isso não persiga a pessoa durante toda a sua vida é procurar ajuda de psicólogia e/ou psiquiatras.

"Se a pessoa não se tratar psicologicamente poderá sofrer, pois quem geralmente sofre de bullying são pessoas frágeis, com autoestima baixa, ansiosas, retraídas, mais quietas e isso pode ser superado com um tratamento adequado. Dessa maneira, há a necessidade de mudança para os comportamentos não se repetirem", conclui Elias José.

Todo Mundo é Bipolar ?


O Transtorno Bipolar do Humor tem sido cada vez mais comentado nos dias atuais. Até mesmo pessoas leigas em conversas informais têm dito: “- O fulano deve ser bipolar, cada hora ele está de um jeito! ”

Variações de humor ou mudanças de comportamento não são sinônimos de bipolaridade. Os seres humanos estão a todo momento sensíveis aos estímulos do ambiente e também a variações químicas normais do próprio organismo enquanto estão vivendo o seu dia-a-dia. Portanto é inevitável que o humor esteja sempre mudando.

No entanto quando poderíamos chamar estas variações de humor de Transtorno Bipolar? Primeiramente é importante frisar que geralmente há uma alteração emocional profunda e persistente no comportamento do indivíduo. O bipolar é assim chamado porque tem 2 pólos principais, um na euforia(tecnicamente chamada de Mania) e um na Depressão. Nem sempre as 2 fases ocorrem tão claramente.

O conceito de euforia geralmente é confundido com um estado de “alegria”. Na verdade se caracteriza por um estado de excesso de energia, que pode se converter em agressividade, agitação e muita impulsividade. Quadros mais graves podem apresentar comportamento sexual inadequado, questões de grandiosidade e podem incluir até mesmo sintomas psicóticos nas crises agudas. A sensação de diminuição da necessidade de sono também costuma ser marcante.

A depressão é diferente de uma tristeza momentânea ou de alguns dias, é um quadro de desânimo persistente, ás vezes acompanhado de choro fácil e pensamentos negativistas e pessimistas, chegando em alguns casos a idéias de morte.

O médico psiquiatra Dr. Akiskal recentemente propôs uma nova classificação com diversos tipos e graus de bipolaridade, o que tornaria ainda mais polêmica a generalização do Transtorno Bipolar do Humor. Esse conceito ainda não é oficialmente utilizado.

Portanto é fundamental que antes de qualquer pessoa lançar diagnósticos ao vento em meio a uma roda de bate-papo, conheça bem o que está dizendo. Até mesmo porque a pessoa a quem você se refere pode mesmo ser um bipolar e neste caso a melhor forma de lidar é levar informação e por vezes oferecer ajuda, mas nunca rotular e tratar com preconceito.




Equipe Médica Dr. Paulo André Issa
PNAP Neurociência & Psiquiatria
Cérebro & Bem Estar

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fusos Horários

Para entender o que são fusos horários é importante, antes, conhecer e compreender as coordenadas geográficas, uma rede de linhas imaginárias denominadas paralelos e meridianos, traçadas sobre o globo - e cuja finalidade é permitir a localização de qualquer ponto na superfície terrestre.

O paralelo máximo é a linha do Equador, que divide a Terra em duas porções iguais: o hemisfério norte e o hemisfério sul. Sobre cada um desses hemisférios podemos traçar infinitas linhas paralelas ao Equador. Essas linhas são identificadas por sua distância em relação ao Equador, medida em graus. Essa distância é o que chamamos de latitude, que pode variar de 0o a 90o, tanto para norte quanto para sul.

Já os meridianos são todas as semicircunferências traçadas de forma a ligar os dois pólos da Terra. Todos os meridianos têm o mesmo tamanho e qualquer um deles pode ser utilizado para se dividir o planeta em duas porções iguais: hemisfério ocidental (a oeste) e hemisfério oriental (a leste). Contudo, como meridiano de referência (0o), convencionou-se adotar, internacionalmente, o que passa pelo Observatório Astronômico de Greenwich, em Londres (Inglaterra).

Assim, os demais meridianos podem ser identificados por sua distância, medida também em graus, em relação ao meridiano de Greenwich. Essa distância é o que chamamos de longitude e varia de 0o a 180o, tanto para leste quanto para oeste.

Como o meridiano de Greenwich é considerado o referencial das longitudes, ele também passou a ser considerado o da determinação de um horário-base no planeta.

Para a localização de um ponto qualquer na superfície do planeta é preciso, então, cruzar um paralelo com um meridiano, ou seja, é necessário conhecermos a sua latitude e a sua longitude.

Fusos horários e suas implicações
Devido ao seu movimento de rotação (movimento da Terra ao redor de um eixo imaginário, que a atravessa de um pólo a outro, no sentido do Oeste para o Leste), a Terra apresenta dias e noites. Como resultado, diversos pontos da superfície terrestre apresentam diferenças de horários.

A determinação da hora parte do princípio de que a Terra é uma circunferência perfeita, medindo 360o, e de que a rotação terrestre dura 24 horas. Com isso, conclui-se que esse é o tempo necessário para que todos os meridianos que "cruzam" o planeta passem, num determinado momento, frente ao Sol.

Dividindo-se os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, resultam 15 graus. Portanto, a cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora - e cada uma dessas 24 faixas recebe o nome de fuso horário.

No interior dessas faixas, por convenção, passou a vigorar um mesmo horário. Essa padronização do tempo ocorreu no século 19, num momento em que o Reino Unido era a principal potência econômica e militar do planeta. Por isso, o meridiano que passava no observatório de Greenwich, então nos arredores de Londres (hoje, dentro da cidade), foi considerado o meridiano zero.

A hora de Greenwich tornou-se a hora universal, no sentido de que é em relação a ela que se determinam os horários em outros pontos do globo terrestre. A leste de Greenwich, as horas aumentam a cada faixa de 15o, variando entre 0 e 12. Ao contrário, a oeste de Greenwich, as horas diminuem, em idêntica variação. O horário de Greenwich também é chamado de GMT, ou seja, Greenwich Mean Time (mean significando "média").

É importante entender que essa padronização facilita as relações internacionais. No interior de um mesmo país, entretanto, esses limites não são tão rígidos. Os países podem estipular seus fusos horários a partir de suas divisões político-administrativas, que podem abranger regiões maiores ou menores do que as faixas de 15o.

Mudanças nos fusos horários brasileiros
No caso do Brasil, que é um país de grande extensão territorial leste-oeste, existem três fusos horários, todos eles atrasados em relação a Greenwich. O segundo fuso horário brasileiro abrange mais de 50% do território nacional, inclusive a capital federal. Ele determina, então, o horário oficial do país, o horário de Brasília.

Os atuais três fusos horários passaram a vigorar a partir da zero hora de 24 de junho de 2008, determinada pela Lei nº 11.662, sancionada pelo governo federal em 24 de abril de 2008.

Essa lei reduziu de quatro para três o número de fusos horários usados no Brasil. A mudança atingiu municípios nos estados do Acre, Amazonas e Pará. Desde então, os 22 municípios do Acre ficaram com diferença de uma hora em relação a Brasília - antes eram duas horas a menos. Municípios da parte oeste do Amazonas, na divisa com o Acre, sofreram a mesma mudança, o que igualou o fuso dos Estados do Acre e do Amazonas.

A mudança na lei também fez com que o Pará, que antes tinha dois fusos horários, passasse a ter apenas um. Os relógios da parte oeste do Estado foram adiantados em mais uma hora, fazendo com que todo o Pará ficasse com o mesmo horário de Brasília. Observe abaixo, nos mapas, as mudanças ocorridas:

Vale lembrar que o antigo sistema de quatro fusos horários, estabelecido para todo o território nacional, foi instituído por meio da Lei nº 2.784, de 18 de junho de 1913, assinada pelo então presidente da República, Hermes da Fonseca, vigorando no território brasileiro por longos anos.

Tudo isso demonstra a arbitrariedade da nossa forma de medir o tempo, ou seja, o fato de essas medidas serem produto de uma convenção social. Reforça ainda mais essa verdade o chamado horário de verão, medida que se adota em alguns países, com o intuito de economizar energia elétrica.

Pelo horário de verão, adianta-se o relógio em uma hora para se aproveitar um período de tempo em que amanhece mais cedo e anoitece mais tarde, potencializando-se a utilização da luz natural. No Brasil, o horário de verão é adotado desde 1985, entre outubro e fevereiro de cada ano.

(Fonte: UOL Educação - Ângelo Tiago de Miranda é geógrafo, professor de geografia e estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Barba bem feita

Da Revista Época

A barba é um resquício da evolução humana com o qual 90% dos homens prefeririam não ter de lidar, revela um estudo da Academia Americana de Dermatologia. Especialmente porque raspar o rosto com lâminas todos os dias está longe de ser um ato natural. A boa notícia é que – segundo os dermatologistas – se podem evitar pelos encravados, alergias e irritações na pele acrescentando cuidados simples ao ato de barbear. Também é possível se valer de avanços da medicina em novos cremes personalizados e até aplicações de laser.

A primeira falha grave e recorrente, revela o estudo, é a falta de higiene, como se vê no quadro ao lado. “O ideal é tomar banho e deixar a barba de molho com sabão”, diz Elizabeth Ross, da Academia Americana de Dermatologia. “O atrito das lâminas expõe os poros a bactérias presentes na própria pele, podendo infeccioná-la.” A pele contaminada é um convite à foliculite – ou pelos encravados, como é conhecida. A foliculite é mais comum no queixo e no pescoço, região do rosto com pelos mais grossos que crescem em vários sentidos. Ela afeta especialmente homens de barba grossa e enrolada – sobretudo quando precisam usar camisa social. O atrito piora ainda mais a situação.

Quem sofre do problema pode amenizá-lo com compressas de toalha úmida e morna antes de se barbear, uma forma de amolecer a barba. Também recomenda-se deixar a espuma agir sobre os pelos por alguns minutos antes de atacar com a lâmina. “Quanto mais flexíveis estiverem os pelos, menor será a agressão à pele”, diz Valeria Campos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Valeria alerta para o perigo de barbeadores gastos: “Eles raspam a pele e pioram o problema”.

Uma das novidades a ser apresentadas na Men’s Beauty Show, feira de produtos e serviços destinados a homens, que acontecerá em abril, em São Paulo, são os cremes e géis pós-barba. A nova geração tem ação anti-inflamatória e antibactericida, além de incluir na fórmula protetor solar e substâncias cicatrizantes. Estão mais parecidos com a variedade cosmética feminina: há um para cada tipo de pele (oleosa, normal, mista, sensível) e de pelo (grosso, fino, enrolado).

Há também novas técnicas de laser e peeling para barbados descontentes. Com ponteira que toca a pele, o laser consegue efeitos ainda melhores, com menos sessões. Ele está sendo usado para retirar definitivamente os pelos da região do pescoço. “Eu não podia usar camisa social que manchava de sangue toda vez”, diz Ricardo Simões, professor de educação física de uma academia de Jundiaí, São Paulo. Ele acabou com os pelos encravados com quatro sessões de 15 minutos de laser.