"(...) Compreendo o sofrimento dos que se deparam com situações como esta. É o que vemos no filme Milk, quando ele propõe que todos assumam a homossexualidade. Mas há também a solidariedade, a compreensão e aceitação do outro como ele/ela é. O que é difícil entender são os argumentos de cunho religioso sobre a homossexualidade e a sua caracterização como “anormal”, “doente”, “demoníaco” e que até deveria ser declarada ilegal. É irritante ouvir as palavras da personagem Anita Bryant em Milk: a voz da igualdade. Ela expressa bem o tipo de fervor religioso dos candidatos a santos, mas capazes de queimar os “pecadores” para purificar o mundo. É uma espécie de cristão paradigmático, cuja intolerância tem o aval da “ética dos escolhidos”. Este tipo é um perigo não apenas para os “eleitos” como o mal a extirpar, mas também para a sociedade democrática. O intolerante quer impor seus valores morais à minoria, à sociedade. No fundo, gostaria de instituir a teocracia.(...)"
Texto do Prof. Ozaí na íntegra.
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