Do G1
As autoridades iranianas suspenderam a sentença de morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério
A mídia iraniana sugeriu que a sentença de morte por apedrejamento -- imposta por determinados crimes sob a sharia, adotada pelo Irã após a Revolução Islâmica de 1979 -- não será implementada, mas que Ashtiani poderá ainda ser executada por enforcamento.
"Consideramos este um caso muito normal", disse Mehmanparast. "Este dossiê se assemelha a muitos outros dossiês que existem em outros países."
Em nenhum momento da entrevista, que foi dada na língua farsi mas foi transmitida com tradução simultânea para o inglês, ele mencionou a palavra "apedrejamento", referindo-se apenas à "sentença de morte" de Ashtiani.
Na vespera, governo iraniano havia afirmado que países estrangeiros não devem interferir no sistema legal do país e deveriam parar de tentar converter o caso em "problema de direitos humanos".
O caso de Ashtiani , condenada à morte por ter feito sexo ilicitamente e acusada de envolvimento no assassinato de seu marido, provocou ultraje internacional. O caso provocou uma onda de protestos internacionais e piorou ainda mais a relação do Irã com as potências ocidentais, já abalada pela questão nuclear.
O Brasil ofereceu asilo a ela, e o Vaticano se manifestou contra o castigo "brutal". Um porta-voz do governo chegou a dizer que o "furor" internacional era baseado em informações equivocadas sobre o caso.
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