por Joyce Figueiró
Com o fim do carnaval, as pessoas ficam mais vulneráveis e dispostas a iniciar um relacionamento. E olha que isso não é uma característica feminina. Os meninos hoje em dia já entraram no páreo de carências afetivas. Preciso confessar que essa não é a minha área de pesquisa, nem passa perto, mas o tanto curiosa que sou, transformou-me em uma observadora perita.
Recentemente li um artigo que dizia como que a popularização do facebook influenciou na dinâmica de um relacionamento. Lá o autor citava passos de conquista – coisas como mandar recadinhos por terceiros, descobrir o telefone, ligar no dia seguinte ao primeiro encontro e arrumar um lugar romântico para pedir em namoro, foram substituídas por opções de curtir e dar comentários. E, pior, o artigo diz (e eu acredito seriamente que seja algo plausível) que o namoro só começa de verdade, quando o status muda de ‘solteiro(a)’ para ‘relacionamento sério’.
Acha que isso é bobagem? Se eu te contar tudo que eu tenho observado na minha lista de contato, te deixaria de queixo caído – ou seria algo que, no mínimo, mereceria um curtir e um comentário com risos logo embaixo!
O mais curioso é como acaba um relacionamento. Quem já assistiu a aqueles filmes de comédia romântica, sabe que a frase clichê de um fim de namoro é “mas vamos ser amigos!”. Se isso dá ou deu certo na ficção ou em algum lugar, ou em algum tempo da história eu não sei. Mas nessa era do facebook eu garanto que está ultrapassado. É muito raro ver um status de relacionamento voltar para ‘solteiro’ e os dois continuarem amigos. Tornam-se conhecidos. Não se curtem, no máximo, comentam ou compartilham indiretas.
Pior ainda são aquelas pessoas que cancelam a conta assim que começam um namoro. Duvido que ficam totalmente desconectadas. Devem procurar outra rede social. O twitter seria uma boa alternativa. Imagine só como seria divertido acompanhar uma DR em 140 caracteres!
__________________________________
Publicado originalmente no Curta Crônicas
Nenhum comentário:
Postar um comentário