(...)É que hoje me pediram que explicasse o que sinto,
e eu não quis me valer de opiniões de outros autores,
por mais privilegiadas e magníficas que fossem.
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O amor é, com certeza, um dom natural, muitas vezes latente, que nos estimula a sermos melhores, a querer algo mais da vida.
Um dom de Deus que nos motiva a agir de forma criativa e esmerada para alegrar a existência daquele outro que, com sorte, irá testemunhar de perto toda a nossa existência terrena, dividindo conosco alumbramentos e vicissitudes.
Um sentimento incontível que, se por um lado nos rouba o sossego e nos enche de um angustiante sentido de urgência, nos alertando para o caráter passageiro da vida, por outro lado também produz em nós uma calma quase sobrenatural quando na presença da pessoa amada.
Uma vontade de estar/ficar pra sempre na mesma atmosfera do outro, orbitando e compartilhando o mesmo respirar.
Um desejo de se doar mais, se entregar mais, satisfazer mais, zelar mais, morder mais, abraçar mais, paraquedear mais, cutucar mais, amar sempre mais.
Um estado de espirito que nos induz à paz com qualquer pessoa gente humana à nossa volta, um bem querer que nos preenche e nos transborda a mente e o corpo, a alma e a existência, que sai pela casa e cidade e chega aos limites do mundo e que nos faz reparar a beleza de toda a criação.
É isso o que sinto.
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