por Thiago Grulha
Tire a foto da sala.
Não espie de longe
e mude de ambiente.
Não tente de novo
e agarre-se naquele "não"
que foi tão difícil de dizer,
pois ele não deixará
você afundar em
águas confusas.
Sinta falta, mas viva.
Quebre as meias verdades no meio,
elas estão despedaçando você.
Adestre os teus impulsos.
Eles aprenderão a sentar
assim que ouvirem o grito da razão.
Troque o canal
e apaixone-se por outros filmes.
Não existem culpas, culpados, juízos.
Não construa infernos.
Para que sermos um peso
no coração de quem queremos bem?
Reduza as possibilidades de encontro
e não tenha medo de mudar de assunto
quando os amigos perguntarem: - E aí?
Quando a saudade for irracional,
dolorosa, estranha e sem sentido.
Procure o céu. Olhe pra ele. Cante.
Converse com as estrelas.
Namore a brisa gostosa
do começo da noite.
Mas fique só.
Sem promessas.
Sem recaídas.
Sem recomeços.
Suspire e espere o dia passar.
Liberte-se da tristeza de sentir-se
uma mancha num quadro
que você sempre admirou.
Segure a decisão com força
e mantenha-a até o fim.
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