Também conhecido como Ensaio sobre o "dom", (no original francês: Essai sur le don. Forme et raison de l'échange dans les societés archaiques - “Ensaio sobre a dádiva. Forma e razão da troca nas sociedades arcaicas” é um livro de Marcel Mauss publicado pela primeira vez em 1925 que versa sobre os métodos de troca nas sociedades tidas como primitivas. É reconhecido como o estudo de caráter etnográfico, antropológico e sociológico mais antigo e importante sobre a reciprocidade, o intercâmbio e a origem antropológica do contrato.
Os aspectos históricos do que hoje entendemos como direito das obrigações são também abordados nesse livro inclusive quanto ao aspecto (diacrônico) da origem da distinção, nas sociedades semíticas, grega e romana, entre a obrigação e a prestação não gratuita e a dádiva. Aquisições recentes da civilização, segundo ele, com possível origem em fase anterior sem a mentalidade fria e calculista com dádivas trocadas onde se fundem pessoas e coisas tal com pode ser deduzido em vestígios do direito romano ou nítidamente nas leis da Germânia ou Código de Manu da Índia antiga.
Esse ensaio de Mauss discorre acerca do modo como o comércio de objetos entre os grupos constrói relacionamentos entre eles. Sustentou que ao doar ou dar um objeto (presente), o doador cria uma obrigação face ao receptor que fica de lhe devolver o presente.
O resultado de tal conjunto de trocas que ocorrem entre indivíduos de um grupo e entre diferentes grupos corresponde a uma das primeiras formas de economia social e da solidariedade social que une os grupos humanos. As doações recíprocas estabelecem relações de fortes alianças, hospitalidade, proteção e assistência mútua.
Os aspectos históricos do que hoje entendemos como direito das obrigações são também abordados nesse livro inclusive quanto ao aspecto (diacrônico) da origem da distinção, nas sociedades semíticas, grega e romana, entre a obrigação e a prestação não gratuita e a dádiva. Aquisições recentes da civilização, segundo ele, com possível origem em fase anterior sem a mentalidade fria e calculista com dádivas trocadas onde se fundem pessoas e coisas tal com pode ser deduzido em vestígios do direito romano ou nítidamente nas leis da Germânia ou Código de Manu da Índia antiga.
Esse ensaio de Mauss discorre acerca do modo como o comércio de objetos entre os grupos constrói relacionamentos entre eles. Sustentou que ao doar ou dar um objeto (presente), o doador cria uma obrigação face ao receptor que fica de lhe devolver o presente.
O resultado de tal conjunto de trocas que ocorrem entre indivíduos de um grupo e entre diferentes grupos corresponde a uma das primeiras formas de economia social e da solidariedade social que une os grupos humanos. As doações recíprocas estabelecem relações de fortes alianças, hospitalidade, proteção e assistência mútua.
O ensaio está construído com uma ampla gama de estudos etnográficos de distintos grupos humanos. Mauss aproveitou a experiência e os dados dos estudos Bronislaw Malinowski o intercâmbio do kula registrado entre habitantes das Ilhas Trobriand; a instituição do Potlatch dos índios da na costa do Pacífico no Noroeste da América do Norte e outros estudos etnográficos de povos da Polinésia que mostram a prática generalizada de troca de presentes em sociedades não - européias. Analisa simultaneamente a história da Índia, e sugere que os traços de troca de presentes também podem ser encontradas nas sociedades mais desenvolvidas. Nas conclusões do livro de Marcel Mauss sugere que as sociedades seculares industrializadas, poderiam se beneficiar ao reconhecer a prática das dádivas e doações (troca de presentes).
Para Levi-Strauss autor do ensaio "Introdução à obra de Marcel Mauss” o “Ensaio sobre a dádiva” é a obra prima de Mauss. Foi nesse texto, segundo ele, que Mauss introduziu e impôs a noção de fato social, que apresenta-se com um caráter tridimensional, fazendo coincidir a dimensão propriamente sociológico, com seus múltiplos aspectos sincrônicos; a dimensão histórica ou diacrônica; e, enfim, a dimensão físico-psicológica. O mérito de Mauss, ainda segundo esse autor foi, pela primeira vez no pensamento etnológico, transcender a experiência empírica – da descrição e comparação erudita ou anedótica – para formas comparáveis entre si por seu caráter comum em modalidades que podem analisadas e classificadas inaugurando uma nova era das ciência sociais.
(fonte: Famigerada WIKIPÉDIA)
1) No Blog Sociologia Hoje a Professora Nádia Aguiar faz um resumo breve da obra 'Ensaio sobre a dádiva', de Marcel Mauss.
2) AQUI um artigo do professor Marcos Lanna, da Universidade Federal do Paraná, sobre a mesma obra.
3) AQUI o download da obra.
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