sábado, 2 de outubro de 2010

Preconceito por orientação sexual acaba em processo


do O Diário

Por um comentário preconceituoso, feito na fila de um banco em Maringá, um homem terá que responder criminalmente perante o juiz. O cabeleireiro Gil Lima, 44 anos, está movendo uma ação contra Genilson Loyola, acusado de tê-lo constrangido em público, por causa de sua orientação sexual.

Há duas semanas, numa agência do Bradesco da Avenida Tiradentes, Lima conta que havia retirado a senha e aguardava por atendimento. Ao ser chamado, Loyola teria passado à sua frente, alegando que estava esperando há mais tempo, mesmo não tendo senha.

"Eu disse que era a minha vez, quando ele se voltou para a caixa e perguntou: 'você vai atender essa bicha primeiro?'", relata Lima.

O cabeleireiro diz que algumas pessoas que estavam no banco ficaram indignadas com a situação.

"Senti-me muito constrangido e voltei a me sentar, enquanto ele era atendido", diz. Lima conta que voltou ao salão de beleza onde trabalha e relatou o caso à sua patroa. Ela o acompanhou de volta à agência bancária. Eles pediram que o gerente chamasse a caixa, que confirmou a história.

Com isso, Lima teve acesso ao nome do homem e seguiu para a 9ª Subdivisão da Polícia Civil, onde registrou a ocorrência. A audiência no Juizado Especial Criminal de Maringá está marcada para 12 de novembro.

"Não é a primeira vez que sofro preconceito por conta da minha orientação sexual, mas no passado, não recorri por achar que ninguém ia levar a sério", conta Lima. "Sei me defender, conheço meus direitos, pagos meus impostos e não infringi nenhuma lei."

Conforme a Polícia Civil, foi montado um procedimento por injúria. Em depoimento, Loyola alegou que tudo não passou de um desentendimento. Para o crime de injúria, o Código Penal prevê detenção de 1 a 6 meses, ou multa.

_____________________________________________________________



AQUI, mais do mesmo.

Nenhum comentário: