terça-feira, 31 de agosto de 2010
Agende-se
XII JORNADA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CAMPUS DA UNESP DE MARÍLIA - SP
PROGRAMAÇÃO
08/11/2010 (SEGUNDA-FEIRA)
14h00
Recepção dos inscritos e de convidados
Recepção dos inscritos e de convidados
Atividades culturais
19h30
Abertura solene
20h00
Evento cultural
20h30
Conferência: O Fundamento da Cultura. A contribuição da antropologia brasileira
Expositora: Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago)
09/11/2010 (TERÇA-FEIRA)
8h30
Mesa-redonda: A produção antropológica e seu contexto
As pesquisas e os estudos de Manuela Carneiro da Cunha marcaram profundamente a prática da Antropologia no Brasil e tiveram grande impacto tanto acadêmico como político. Sua obra abrange temas tais como história indígena, ciência tradicional e identidade étnica, de maneira que é lícito afirmar que sua produção antropológica tanto foi quanto é suscitada pela relevância política das temáticas que ela aborda. Assim como é igualmente pertinente afirmar que sua obra contribuiu para dar relevância a muitos dos temas objetos do seu interesse. Um impacto que, inclusive, vai além das fronteiras do ambiente acadêmico. São os casos, por exemplo, do lugar das sociedades indígenas na historiografia brasileira e dos direitos dos índios à terra, ou, mais recentemente, seus estudos sobre o conhecimento tradicional e os direitos intelectuais das sociedades indígenas e populações tradicionais.
O escopo da presente mesa é, precisamente, debater a produção acadêmica de Manuela Carneiro da Cunha, seja no que se refere aos contextos – intelectual, político - em que seus estudos foram e são produzidos, seja em relação às contribuições teóricas e políticas de seus trabalhos e aos diálogos intra e inter-disciplinares que permeiam sua produção antropológica mais especificamente no campo do método estrutural.
Expositores:
Mauro W. Barbosa de Almeida (Unicamp)
Verena Stolcke (Universidade de Barcelona)
Ennio Candotti (UFES)
Rubem Ricúpero (MRE)
Coordenador:
Antônio Mendes da Costa Braga (Unesp-Marília)
Debatedor: Christina de Rezende Rubim (Unesp-Marília)
14h30
Sessão de Comunicações
Sessão de Vídeo:
Os Intérpretes do Brasil.
Debatedores:
Isa Grinspun Ferraz (Documentarista)
Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago)
Célia Tolentino (Unesp-Marília)
20h00
Mesa-redonda: A Amazônia e o pensamento de Manuela Carneiro da Cunha
Esta mesa focaliza os interesses de investigação científica e a produção acadêmica de Manuela Carneiro da Cunha sobre os direitos dos povos indígenas que habitam a Amazônia e sobre a importância do conhecimento tradicional. Esses dois investimentos de pesquisa alargam a perspectiva da questão da diversidade cultural e da biodiversidade.
A reflexão de Manuela sobre diversificados sistemas de pensamento, presentes em situações de dominação colonial, fornece um aporte analítico para discussões mais complexas. Isto é verdade, sobretudo, em relação aos projetos de desenvolvimento econômico que põem em risco a diversidade do gênero humano e da flora e fauna amazônicas. Ao demonstrar vários pontos de vista sobre a floresta, seu trabalho oferece a possibilidade de entendimento sobre a pluralidade de perspectivas dos grupos humanos, suas práticas e seus discursos. A homenageada apresenta elementos para a tomada de consciência da alteridade e, com isso, contribui para efetivas condições de comunicação orientadas por avaliações políticas mais precisas.
Expositores:
Edilene Cofacci de Lima (UFParana)
Deborah Lima (UFMG)
Laure Emperaire (Instituto de Recherche pour le Developpement - Marcelle – França)
Coordenadora:
Graziele Accçolini (Unesp-Marília)
Debatedores: Eduardo Viveiros de Castro (Museu Nacional - RJ)
Edmundo Peggion (Unesp-Araraquara)
10/11/2010 (QUARTA-FEIRA)
8h30
Mesa-redonda: História dos povos indígenas
Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de diferentes grupos étnicos, linguísticos e nações. A situação e a história destes povos é bem conhecida, marcada pelo extermínio, violência e escravização. Além disso, a catequização contribuiu para o desaparecimento de várias de suas crenças religiosas e tradições culturais. Muitas comunidades indígenas enfrentam hoje miséria, doenças, descaso das autoridades, discriminação e têm sua terra ameaçada pelo desmatamento, pela grande proporiedade agrícola e pelos projetos de grandes hidrelétricas. A antropologia, a participação de diferentes grupos sociais e a organização dos povos têm colocado a situação dos indígenas como problema nacional de primeira ordem e têm contribuído para uma nova conpreensão do papel e da importância desta diversidade para o país e para as futuras gerações de indígenas. Nesse sentido, a inigualável etno-diversidade do Brasil está em vias de preservação e recuperação pela organização e auto-consciência dos grupos indígenas de várias regiões, sobretudo na grarde região amazônica.
Esta mesa pretende abordar aspectos da obra da antropolóloga Manuela Carneiro da Cunha principalmente em termos do seu compromisso com a dignidade e os saberes dos povos indígenas do país.
Expositores:
John Monteiro (Unicamp)
Nádia Farage (Unicamp)
Marta Rosa Amoroso (USP)
Charlotte de Castelnau-l’Estoile (a confirmar)
Raimundo Nonato Pereira da Silva (UFAM)
Coordenadora:
Bernadete Castro (Unesp-Rio Claro)
Debatedora:
Graziele Acçolini (Unesp-Marília)
14h30
Sessão de Comunicações
Sessão de Vídeos Etnográficos
20h00
Mesa-redonda: Negro e etnicidade
A compreensão da questão do negro exige mediação entre reflexões teóricas e contextualizações históricas, entre construções culturais e conflitos sociais. A história recente tem mostrado que o tema do negro e da etnicidade está na ordem do dia não apenas em termos de afirmação de identidades e de recuperação de tradições culturais, mas também em termos do contato entre antropologia e formação de uma nova consciência da pluralidade étnica do país.
Esta mesa propõe-se a revisitar os diversos e importantes trabalhos da homenageada sobre a etnicidade e sua contribuição para a análise da situação das populações negras não somente no Brasil, mas, inclusive, na África: do papel da alforria na sociedade escravocrata brasileira à recriação da brasilidade em terras africanas por “negros estrangeiros”, além de outras reflexões acadêmicas e atuações políticas fundamentais de Manuela Carneiro da Cunha.
Expositores:
Beatriz Gois Dantas (UFSergipe)
João José Reis (UFBA)
Florência Ferrari (USP)
Omar Ribeiro Thomaz (Unicamp)
Coordenador:
Andreas Hofbauer (Unesp-Marília)
Debatedor: Vagner Gonçalves da Silva (USP)
11/11/2010 (QUINTA-FEIRA)
8h30
Mesa-redonda: Antropologia e política
No texto “Antropologia e política” da autora Karina Kuschnir, pode-se ler o seguinte sobre as relações entre estes termos: "A abordagem da política pela antropologia pode ser definida de uma forma simples: explicar como os atores sociais compreendem e experimentam a política, isto é, como significam os objetos e as práticas relacionadas ao mundo da política.”
Podemos dizer que no final dos anos 70 e quase toda a década de 80 foi possível observar o engajamento dos antropólogos neste projeto. O indigenismo, que sempre foi uma das inúmeras faces do Estado, passou a contar com militantes que se posicionaram contra o Estado. Ele começou a navegar nos barcos indígenas, partilhando por algum tempo com a vida indígena. Experimentou perspectivas culturais fundamentalmente distintas das nossas, em particular naquilo que nós chamamos de ação política. Neste contexto nasceram as pró-índios e ongs que dedicaram e ainda continuam dedicando boa parte das suas energias neste já longo diálogo com o pensamento indígena. A participação da Professora Manuela Carneiro da Cunha neste processo foi da mais extrema importância.
Neste sentido, esta mesa pretende resgatar um pouco deste experimento político que levou antropólogos e indígenas a navegarem juntos num percurso cujo primeiro resultado foi ampliar a resistência contra uma ditadura etnocêntrica.
Expositores:
Paulo Santilli (Unesp-Rio Claro)
Sônia Magalhães (UFPA)
Maria Rosário Carvalho (UFBA)
Graziela Santana (Unesco)
Coordenador:
Sérgio Augusto Domingues (Unesp-Marília)
Debatedora:
Sylvia Caiuby Novaes (USP)
sábado, 28 de agosto de 2010
Estou lendo
Do movimento homossexual
ao LGBT
Autores: Júlio Assis Simões e Regina Facchini
O livro é um registro dos principais fatos históricos que desencadearam na formação do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) no Brasil. Além de curiosidades e casos verídicos sobre as vitórias e desafios da comunidade homossexual no país, a obra destaca, também, a importância desse movimento na construção de um programa de combate ao preconceito e de garantia dos direitos civis básicos.
De doença social à organização ativa e politizada, a homossexualidade no Brasil é analisada no livro que narra uma trajetória de vitórias e desafios
Há pouco mais de três décadas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais do país decidiram “sair do armário” para formar um movimento organizado, cuja agenda está focada em assegurar suas identidades, seus direitos e garantias civis fundamentais. E, para o grupo LGBT, vencer a resistência conservadora está longe de ser uma tarefa simples.
Instituições imaculadas, como família, escola, igreja e mídia se veem ameaçadas e os consideram como doentes - apesar da OMS ter retirado a homossexualidade da lista da doenças em 17 de maio de 1990, data que ficou determinada como o Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, celebrado em várias partes do mundo.
O livro traz um levantamento sobre as primeiras manifestações, hoje conhecidas como Parada do Orgulho LGBT, que levam a cada ano milhares de ativistas e simpatizantes às ruas, num colorido que mobiliza opiniões e atitudes.
Repleto de curiosidades históricas, científicas e filosóficas, o livro faz um panorama do ativismo americano e europeu, mas se aprofunda no movimento LGBT brasileiro com propriedade. Cita a importância de grupos organizados como o Somos e o jornal Lampião, os anos 70 e 80, a mobilização do tribunal brasileiro – inclusive cita casos concretos, como o de Cássia Eller e sua companheira –, analisa o impacto da AIDS na história do movimento e, sobretudo, imerge na importância da homossexualidade no debate público.
Sobre os autores
Júlio Assis Simões – Professor do departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador-colaborador do Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Publicou O dilema da participação popular e trabalhos sobre movimentos sociais (São Paulo: Marco Zero, 1992).
Regina Facchini – Pesquisadora-colaboradora do Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Publicou Sopa de letrinhas? Movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90 (Rio de Janeiro: Garamond, 2005) e trabalhos sobre movimentos sociais, participação política, saúde sexual e reprodutiva, discriminação e violência, gênero e sexualidade.
fonte: Fundação Perseu Abramo
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Cantora alemã que transmitiu Aids escapa da prisão
"Sinto muito", declarou a cantora no tribunal de Darmstadt, oeste da Alemanha. |
do G1
A estrela da música pop alemã Nadja Benaissa, de 28 anos, cantora do grupo pop alemão No Angels, que escondeu ser soropositiva e que transmitiu o vírus da Aids a um de seus amantes foi condenada nesta quinta-feira (26) a dois anos de prisão por agressão mediante transmissão da Aids. Nadja também foi declarada culpada por tentativa de agressão ao ter mantido, em duas ocasiões, relações sexuais sem proteção com outro homem. Com o sursis ela terá sua pena suspensa durante esse período e ficará apenas em observação para que não cometa outro delito. Benaissa, portadora do vírus desde 1999 e mãe de uma menina, admitiu que não disse a verdade sobre seu estado de saúde a três amantes, com os quais manteve relações sexuais sem proteção, mas alegou que não pretendia contaminá-los.
Rock in Rio
Em meados de 1984 foi lançada a cerveja Malt 90, apresentada em embalagens de garrafas retornáveis de 300 e 600 ml e também em lata. Esta cerveja do tipo pilsen, apresentava cor clara, teor alcoólico médio e paladar suave e saboroso. Não foi muito bem recebida pelos consumidores e acabou por saindo do mercado. Eu me lembro que o pessoal costumava chamar essa cerveja de "Malte Nojenta".
A Malt 90 foi patrocinadora oficial do Rock in Rio, em 1985.
Aqui em baixo um comercial da bagaça, e tem outros no Youtube.
fonte: Blog dos anos 80
Beijaço
Um ‘beijaço’ (Kiss in) acontecerá dia 19 de setembro, na Avenida Paulista, esquina com Rua Augusta, às 16 horas na cidade de São Paulo. Trata-se de um ato público, organizado por tuiteiros que usam o ciberativismo como ferramenta de mudança social.
O beijaço faz parte da mobilização por direitos civis da comunidade LGBT. A iniciativa pretende aproveitar o processo eleitoral brasileiro para discutir a ampliação de direitos civis e humanos.
O ato apoia a Carta aberta aos candidatos brasileiros – Manifesto Pró-Casamento Igualitário no Brasil (@gaycasamento) e segue os moldes do que foi realizado em fevereiro em defesa do PNDH-3.
O objetivo é chamar a atenção para a necessidade de equiparação dos direitos civis de todos os cidadãos brasileiros, sejam hétero ou homoafetivos. Além disso, pretende denunciar a situação de violência e exclusão à qual estão submetidas as pessoas de orientação sexual e identidade de gênero não hegemônicas. Os seus apoiadores reivindicam a aprovação urgente do PLC-122, que criminaliza a homofobia.
O Brasil é uma República laica desde 1889, ou seja, há mais de 100 anos. Não há argumento legal que barre aprovação do casamento igualitário. Em um Estado laico e democrático, crenças religiosas não podem ser incluídas entre elementos formadores do pensamento legislador ou público.
O casamento civil é um direito que somente a parcela heterossexual da população brasileira possui. O clamor entre os indivíduos homossexuais, bissexuais e transexuais da República é para que este direito seja ampliado a todos, sem distinções. Assim, não haverá desigualdade jurídica instituída.
fonte: Vou comer o cu do Freud
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Governo lança gibis para discutir aids e sexualidade em escolas públicas
Histórias em quadrinhos sobre temas ligados à sexualidade chegarão nas próximas semanas a escolas públicas de todo o país. A iniciativa é do governo federal e da Unesco (braço da Organização das Nações Unidas para educação e cultura).
São seis gibis, voltados a alunos de 13 a 24 anos, que trazem entre os personagens um Gay, um jovem homofóbico, uma adolescente grávida e outra com HIV. As histórias mostram, por exemplo, as tensões de um adolescente que assume sua Homossexualidade e casos de aborto e gravidez precoce.
Um dos ilustradores dos gibis é Eddy Barrows, desenhista do “Superman”. As publicações procuram usar termos informais. Segundo o governo, o objetivo do material é discutir direitos sexuais com uma linguagem próxima dos jovens.
O ministro José Gomes Temporão afirmou que o governo tirou vários “véus” que estão “cobrindo a realidade”. “Tem muito preconceito, muita intolerância e muito cinismo”, afirmou.
Em uma passagem, um garoto diz que quer montar um grupo para falar sobre álcool e outras drogas. Um colega comenta: “Cara, que ideia legal! Podemos até chamar os pais para discutir sobre beber em casa, na frente das crianças, e antes de dirigir”.
fonte: LesboWorld
domingo, 22 de agosto de 2010
DIARIAMENTE(nando reis/marisa monte)
Para calar a boca: Rícino
Para lavar a roupa: Omo
Para viagem longa: Jato
Para difíceis contas: Calculadora
Para o pneu na lona: Jacaré
Para a pantalona: Nesga
Para pular a onda: Litoral
Para lápis ter ponta: Apontador
Para o Pará e o Amazonas: Látex
Para parar na pamplona: Assis
Para trazer à tona: Homem - Rã
Para a melhor azeitona: Ibéria
Para o presente da noiva: Marzipã
Para Adidas: O Conga Nacional
Para o outono a folha: Exclusão
Para embaixo da sombra: Guarda -Sol
Para todas as coisas: Dicionário
Para que fiquem prontas: Paciência
Para dormir a fronha: Madrigal
Para brincar na gangorra: Dois
Para fazer uma toca: Bobs
Para beber uma coca: Drops
Para ferver uma sopa: Graus
Para a luz lá na roça: 220 volts
Para vigias em ronda: Café
Para limpar a lousa: Apagador
Para o beijo da moça: Paladar
Para uma voz muito rouca: Hortelã
Para a cor roxa: Ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser moda: Melancia
Para abrir a rosa: Temporada
Para aumentar a vitrola: Sábado
Para a cama de mola: Hóspede
Para trancar bem a porta: Cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen
Para quem não acorda: Balde
Para a letra torta: Pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: Amnésia
Para estourar a pipoca: Barulho
Para quem se afoga: Isopor
Para levar na escola: Condução
Para os dias de folga: Namorada
Para o automóvel que capota: Guincho
Para fechar uma aposta: Paraninfo
Para quem se comporta: Brinde
Para a mulher que aborta: Repouso
Para saber a resposta: Vide - o - Verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: Hipofagi
Para a comida das orcas: Krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você o que você gosta
Diariamente...
sábado, 21 de agosto de 2010
Barbárie
Manifestação realizada em Bruxelas, 2005, pedia o fim do apedrejamento de mulheres |
A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, acusada de cometer adultério com dois homens - um deles supostamente responsável pela morte de seu marido - foi condenada à morte por apedrejamento. Para a mulher, isso significa ser enterrada até o busto e uma multidão de homens atirar pedras contra sua cabeça - pedras grandes o suficiente para machucar, mas pequenas o bastante para não matar de uma vez só -, com o intuito de causar o máximo sofrimento pelo máximo de tempo, antes da morte.
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Podem até me acusar de ser etnocentrista, mas não entendo como uma sociedade que pratica esse tipo de barbárie pode aspirar o respeito internacional. É lógico que nós, ocidentais, "civilizados", "evoluídos" e "cristianizados" também temos nossas bárbaries diárias, mas elas não são, na sua maioria, institucionalizadas.
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"(...) nós vamos decidir esse ano se o governo
do Presidente Lula é um parênteses
para o retorno das elites tradicionais ou se ele é
uma ponte para nós sairmos definitivamente
desse modelo mercantil que foi imposto no Brasil
e construir um pais justo e solidário."
"O futuro começa sem que se interrompa o presente, porque o Brasil não quer e não pode parar. O povo brasileiro quer seguir construindo esse Brasil novo onde cabe, sem excessão, cada brasileira e cada brasileiro. Nosso povo sabe que agora tem um projeto com a força e o tamanho do Brasil.
O salto mais difícil já foi dado, mudar a forma de governar o Brasil, olhando para TODOS os brasileiros. O Brasil dará outros passos fabulosos, porque a mudança tocou a vida de todos os brasileiros. Sempre que isso acontece com um povo o país ganha um novo movimento.
OS DIFERENTES ESTILOS
por paulo mendes campos
Parodiando Raymond Queneau, que toma um livro inteiro para descrever de todos os modos possiveis um episódio corriqueiro, acontecido em um ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.
Estilo interjetivo
Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!
Estilo colorido
Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro.
Estilo antimunicipalista (ou estilo Rigoniano)
Quando mais um dia de sofrimentos e desmandos nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas, esburacadas e fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores falta água há vários meses, sem falar nas freqüentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de uma construção (já permitiram, por baixo do pano, a ignominosa elevação de gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às moscas que pululam naquele foco de epidemias. Até quando?
Estilo reacionário (ou estilo Edsonlimesco)
Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram nesta manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais elegantes desta cidade, como se já sabe não bastasse para enfeiar aquele local uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam ou que nos dão a honra de residir no Rio.
Estilo então
Então o vigia de uma construção em Ipanema, não tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então as providencias necessárias. Aí então eu resolvi te contar isso.
Estilo áulico
À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presidente exigiu imediatamente que um de seus auxiliares telegrafasse em seu nome à familia enlutada. Como lhe informassem que a vitima ainda não fora identificada, S. Ex., com o seu estimulante bom humor, alegrou os presentes com uma das suas apreciadas blagues.
Estilo schmidtiano
Coisa terrivel é o encontro com um cadáver desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com alguma humildade mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele não estava ali, ingressara para sempre no reino inviolável e escuro da morte, este rio um pouco profundo caluniado de morte.
Estilo Complexo de Édipó
Onde estará a mãezinha do homem encontrado morto na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus braços carinhosos?
Estilo preciosista
No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua da Estrela-d´Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica.
Estilo Nelson Rodrigues
Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!
Estilo sem jeito
Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.
Estilo fofoca
Imagina você, Tutsi, que onte eu fui ao Sacha´s, legalíssimo, e dormi de tarde. Com o tony. Pois logo hoje, minha filha, que eu estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho, como a Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do sono. Mas o que era mesmo que eu queria te contar? Ah, menina, quando eu olhei da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou tão nervosa! Logo eu que tenho horror a gente morta!
Estilo lúdico ou infantil
Na madrugada de hoje por cima, o corpo de um homem por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construçao por baixo. A vitima por baixo nao trazia identificaçao por cima. Tinha aparentemente por cima a idade de quarenta anos por baixo.
Estilo concretista
Dead dead man man mexe mexe mexe Mensch Mensch MENSCHEIT
Estilo didático
Podemos encarar a morte do desconhecido encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c) teologico. Policial:o homem em sociedade; humano: o homem em si mesmo; teologico: o homem em Deus. Policia e homem: fenômeno; alma e Deus: epifenômeno. Muito simples, como os senhores vêem.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Dilma neles !!!
"Durante os cinco anos em que essa máquina (repressiva da ditadura militar) funcionou com maior intensidade (no Brasil), de 1967 a 1972, a militante Dilma Vana Rousseff (ou Estela, ou Wanda, ou Luiza, ou Marina, ou Maria Lúcia) viveu mais experiências do que a maioria das pessoas terá em toda a vida. Ela se casou duas vezes, militou em duas organizações clandestinas que defendiam e praticavam a luta armada, mudou de casa frequentemente para fugir da perseguição da polícia e do Exército, esteve em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, adotou cinco nomes falsos, usou documentos falsos, manteve encontros secretos dignos de filmes de espionagem, transportou armas e dinheiro obtido em assaltos, aprendeu a atirar, deu aulas de marxismo, participou de discussões ideológicas trancada por dias a fio em “aparelhos”, foi presa, torturada, processada e encarou 28 meses de cadeia."
____________________________
Trecho da matéria "desesperada" da revista Época (que pertence à editora Globo), veiculada "coincidentemente" no momento em que a Presidente Dilma disparou nas pesquisas. Tiro no pé, uma vez que, no meu caso pelo menos, só fez aumentar minha admiração pela candidata.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Solidariedade
Casa de recuperação de mulheres promove
2ª Roda de Samba
para arrecadar fundos para entidade
No dia 28 deste mês será realizada a 2ª Roda de Samba da Associação Beneficente Casa de Nazaré, entidade de recuperação de dependentes químicos do sexo feminino. No evento será servido um jantar, a partir das 20h30. Os pratos do cardápio são arroz, saladas, mandioca e escondidinho. Os convites são individuais e estão sendo vendidos por R$ 30, sem direito a bebida. O evento será na Associação do Banco do Brasil, que fica localizado na Avenida Visconde de Nacar, 863, na Zona 4.
Outras informações na sede da entidade, que fica na rua Rio Samambaia, 1.691, no bairro Itaparica ou pelo telefone: 3028-6232.
fonte: CBN
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Noturno - Fagner
"Se hoje sou deserto
é que eu não sabia
que as flores com o tempo
perdem a força
e a ventania
vem mais forte"
A falta que ele faz
Fernando Tavares Sabino, escritor e jornalista brasileiro. Nasceu em Belo Horizonte, dia 12 de outubro de 1923.
Durante a adolescência, foi locutor de programa de rádio Pila No Ar e começou a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos em revistas da cidade, conquistando prêmios em concursos.
No início da década de 1940, começou a cursar a Faculdade de Direito e ingressou no jornalismo como redator da Folha de Minas. O primeiro livro de contos, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro quando o autor tinha apenas dezoito anos, e sendo que alguns contos do livro foram escritor quando Fernando Sabino contava apenas quatorze anos.
Tornou-se colaborador regular do jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinicius de Moraes, de quem se tornou amigo.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944. Depois de se formar em Direito na Faculdade Federal do Rio de Janeiro em 1946, viajou com Vinicius de Moraes aos Estados Unidos da América, onde morou por dois anos em Nova Iorque com sua primeira esposa Helena Sabino e a primogenita Eliana Sabino.
O encontro marcado, uma de suas obras mais conhecidas, foi lançada em 1956, ganhando edições até no exterior, além de ser adaptada para o teatro. Sabino decidiu, então (1957), viver exclusivamente como escritor e jornalista. Iniciou uma produção diária de crônicas para o Jornal do Brasil, escrevendo mensalmente também para a revista Senhor.
Em 1960, Fernando Sabino publicou o livro O homem nu, pela Editora do Autor, fundada por ele, Rubem Braga e Walter Acosta. Publicou, em 1962, A mulher do vizinho, que recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, do Pen Club do Brasil.
Em 1966, fez a cobertura da Copa do Mundo de Futebol para o Jornal do Brasil. Fundou, em 1967, em conjunto com Rubem Braga, a Editora Sabiá, onde publicou livros de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Clarice Lispector, entre outros.
Publicou o em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema, com direção de Oswaldo Caldeira, em 1989, e também para o teatro. Em julho de 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.
Faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul no Rio de Janeiro) em 11 de outubro de 2004, vítima de T.A.F no fígado, às vésperas do 81º aniversário. A pedido, o epitáfio é o seguinte: "Aqui jazz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino!"
Fonte: Wikipédia
Para conhecer a obra de Fernando Sabino: A falta que ele faz.
Agende-se
Evento de extensão
A heteronormatividade e Políticas da sexualidade:
identidades hierarquias
disputas e direitos em construção
Dia 27/08 - sexta-feira
das 16h00 às 20h00
***
Dia 28/08 - sábado
das 8h00 às 12h00
e
das 13h30 às 17h30
no
Anfiteatro do Bloco I-12.
ou no
DTP - Departamento de Teoria
e Prática da Educação
UEM
das 8h as 11h30
das 13h30 as 17h30
das 19h30 as 22h30
e Prática da Educação
UEM
das 8h as 11h30
das 13h30 as 17h30
das 19h30 as 22h30
Valor para acadêmico: R$ 20,00
Valor para não acadêmico: R$ 25,00
Propaganda Eleitoral Gratuita
(...) Assisti, pela internet, aos programas de TV da tarde de Dilma e Serra e, na televisão, aos do horário “nobre”, à noite. O que concluí do que vi, parece-me que salta aos olhos e que muitos deverão concluir também.
A primeira impressão que os programas de Serra (tanto o da tarde, quanto o da noite) me causaram foi de déjà vu, ou seja, de já ter visto aquilo antes. O velho esquema de colocar pessoas carentes, em boa parte idosas, para elogiarem um tucano docemente constrangido unido a cenas cinematográficas de obras na saúde que o povo só vê na televisão.
Já os programas de Dilma me impressionaram sobretudo pelo formato inovador e, em certa medida, grandiloqüente, sim, porém transmissor de entusiasmo ao citar conquistas do país que conferem ao presidente da República e ao seu governo os índices estratosféricos de popularidade que se sabe.
Na íntegra, no Blog da Cidadania.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Acordei com esse nome na cabeça...
...Alcácer-Quibir. Daí fui pro Google...
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Miguel Leitão de Andrade, "Miscellânea", 1629 Única representação conhecida da batalha |
...e segundo a Famigerada Wikipédia, a Batalha de Alcácer-Quibir (grafias: Alcácer - Quivir, Al Quasr al-kibr, Alcazarquivir ou Alcassar, significando "grande palácio", em árabe) conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis, foi uma grande batalha travada no norte de Marrocos perto da cidade de Ksar-El-Kebir, entre Tânger e Fez, em 4 de Agosto de 1578. Os combatentes foram os portugueses liderados pelo rei D. Sebastião aliados ao exército do sultão Mulay Mohammed (Abu Abdallah Mohammed Saadi II, da dinastia Saadi) contra um grande exército marroquino liderado pelo seu tio, o Sultão de Marrocos Mulei Moluco (Abd Al-Malik da dinastia Saadi) com apoio otomano.
No seu fervor religioso, o rei D. Sebastião planejara uma cruzada após Mulay Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono, que seu tio Abd Al-Malik havia tomado. A derrota portuguesa levou ao desaparecimento em combate da nata da nobreza do reino e do rei D. Sebastião, iniciando a crise dinástica de 1580 e o nascimento do mito do Sebastianismo, levando à perda da independência de Portugal ao longo de 60 anos sob a união ibérica com a dinastia Filipina. Além do mais, o reino foi gravemente empobrecido pelos resgates que foi preciso pagar para reaver os cativos. Na batalha além do rei português morreram os dois sultões rivais, originando o nome "Batalha dos três reis", com que ficou conhecida entre os Marroquinos.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Agende-se
Departamento de Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
CONVIDAM PARA A PALESTRA
VEREDAS MARXISTAS NO
PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO
Caio Prado Jr.
e o Grupo de Estudos do Capital (USP)
Palestrante:
Eder Luiz Martins
(FACAMP)
19/08/2010 - Quinta-Feira
19h30
Bloco H-35 - Sala 007
A "Opção Sexual" Não é Opção
"Não há como sustentar a teoria de que temos nossa preferência sexual moldada por fatores externos, de ordem cultural ou social. A idéia de conversão de homossexuais em heterossexuais soa ridícula e insana."
A televisão aberta está, infelizmente, cada vez mais infestada por programas religiosos: a cada tarde é possível encontrar pelo menos três deles, um em cada emissora, com seus suspeitos líderes pregando absurdos. Incoerência pura. É esse tipo de gente quem mais dissemina preconceito e desinformação entre a população, que em meio à euforia dos cultos e missas engole tudo o que se diz como o rebanho mais manso que se pode observar. Nesses eventos infelizmente não há troca de informações ou diálogos, mas sim ameaças de castigos e punições. Manipulação das mais eficientes.
O último abuso do tipo que tive o desprazer de teste-munhar trazia o pastor Silas Malafaia (programa Vitória em Cristo, da Band), inflamado, proferindo falácias contra ho-mossexuais. Mesmo com tantos despropósitos – chegou a ponto de afirmar, cheio de convicção, que “todos os teólogos e cien-tistas concordam numa coisa: que deus fez macho e fêmea”, se esquecendo de que, se não a maioria, boa parte dos cien-tistas é ateísta! – o que mais me chocou foi sua crença de que homossexualidade seja uma condição passível de tratamento e cura, assim como as dependências de álcool e drogas.
Nada me parece mais bizarro do que a idéia de uma “clinica para recuperação de gays”. Não consigo sequer cogitar o tipo de tratamento que se empregaria – ou se emprega, afinal clínicas como essa realmente existem – num lugar desses. Não há como dar certo: a condição homo não se aprende, adota ou escolhe. Aqui fatores sociais não têm o poder de “moldar” a preferência sexual, do contrário como explicá-la no reino animal? Como afirmar que aquele sapo decidiu gostar de machos como ele por querer seguir a moda ou se rebelar contra a família opressora? Ao que tudo indica, a preferência sexual começa a ser determinada em nossa vida intra-uterina, como mostram alguns estudos.
Suzana Herculano-Houzel, em sua ousada e primorosa matéria O Cérebro Homossexual (revista Mente&Cérebro, outubro de 2006) afirma: “Para infelicidade de muitos religiosos, políticos e psicoterapeutas, não há nenhuma evidência de que fatores sociais a influenciem [a homossexualidade]. Cerca de 10% da população (masculina e feminina) procuram preferencialmente parceiros do mesmo sexo. E esse número não muda entre os que foram criados por pai e mãe heterossexuais, por dois pais gays, por duas mães lésbicas, com ou sem religião. Entretanto, há uma coisa em comum nos que preferem se relacionar com homens (mulheres hetero e homens homo), que é diferente naqueles que se sentem atraídos por mulheres (homens hetero e mulheres homo): a maneira como o cérebro de um e outro reage aos feromônios”.
Os feromônios são um tipo de substância hormonal que alguns animais, como nós, produzem. Apesar de haver ainda muita polêmica sobre o tema, muitos estudiosos acreditam que eles possam agir no cérebro humano, influenciando uma reação para atração ou repulsa, quando detectados pelo olfato – ainda que eles não sejam exatamente um perfume. Dessa maneira, os feromônios possibilitariam uma comunicação inconsciente entre um animal e outro por sinais bioquímicos. O interesse sexual poderia ser sinalizado também por essa via.
Essa “maneira como o cérebro reage aos feromônios” é diferente entre os sexos (grosso modo, poderíamos resumir com a equação: muita testosterona = preferência por mulheres; pouca testosterona = preferência por homens) e determinada já durante a gestação. Suzana aponta alguns estudos em que surgem evidências de que a testosterona teria papel decisivo durante a concepção da vida. Fetos femininos muito expostos a esses hormônios teriam sua programação biológica masculinizada; na adolescência essas meninas expressariam o padrão masculino de resposta aos feromônios. O mesmo tipo de “mudança” na programação biológica aconteceria com os fetos masculinos desde que estes fossem submetidos a níveis mais baixos de testosterona.
Parece confuso, afinal só nos sentimos sexualmente atraídos por alguém quando alcançamos a puberdade. Mas o que nos parece tão intuitivo – que a preferência deve ter nascido ao mesmo tempo em que o desejo - é desbancado pela ciência: pesquisas confirmam que o primeiro contato do sistema nervoso com hormônios sexuais acontece ainda na vida intra-uterina. O comportamento sexual nada mais é que o resultado de algo estabelecido já há alguns anos.
Graças aos avanços da ciência e das tecnologias hoje temos informações comprováveis sobre a natureza humana e tudo o que se relaciona a ela. É abominável que, ainda assim, tanta gente se recuse a enxergar isso e insista em preconceitos tão manjados. Acreditar que gays sejam “culpados” pela condição sexual ou que devam ser recuperados é tão insano quanto a discriminação de negros ou judeus.
Que a luta contra o preconceito e contra todo o tipo de mente viciada e burra nunca acabe.
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Retirado do site que tem o curioso nome de Suástica Azul
sábado, 14 de agosto de 2010
Cotidiano
"Às vezes eu e a Flávia estamos numa lanchonete ou em um barzinho, e daí vêm aqueles tarados com cara de porco chegando como se fossem os donos do pedaço, tentam com aquela conversa de depravado levar a gente para um motel, ou dar uns pegas em nós, eles não têm capacidade para entender que somos um casal e que não temos um relacionamento aberto(...)
Moramos sozinhas, adoramos ler, eu adoro ler e escrever contos eróticos, poesias e romances, temos mil contas para pagar, temos nossas profissões, trabalhamos com carteira assinada, fazemos compras no supermercado, eu faço comida, lavo roupas, limpo o banheiro, a Flávia varre o chão, dá comida para o gato e para o cachorro, troca as roupas de cama, vamos a vídeo locadora, a sorveteria, a boates héteros e gays, usamos salto alto, absorventes internos, saias, calças jeans, tops, sutiãs, vestidos e temos um relacionamento de melhores amigas do segundo grau, somos tipo aquelas amigas que dormem uma na casa da outra, que saem para se divertir, assistem filmes, fazem bagunça, abusam na comida e principalmente das besteiras (sorvete, chocolate, refrigerante, salgadinho), mas o que nos diferencia é que nosso amor uma pela outra vai além de qualquer amor tabelado, limitado e antiquado.
Ela me ama e eu amo ela, pensamos e agimos como qualquer outro casal, temos vários problemas, somos diferentes por sermos lésbicas, mas será que somos pessoas ruins e merecemos que o preconceito nos atinja por termos, as duas, uma vagina?"
Novos cursos na UEM !!!
Em primeiro plano, a então anônima atriz maringaense Fernanda Machado, em apresentação com o grupo teatral GET do colégio Nobel, ainda na década de 90. |
O reitor da Universidade Estadual de Maringá, professor Décio Sperandio, anunciou a implantação de dois novos cursos de licenciatura: Artes Cênicas e Artes Visuais. Quem for prestar o próximo vestibular pela UEM, o Vestibular de Verão 2010, já poderá se inscrever para essas duas graduações, com a abertura de 40 vagas cada.
Neste concurso, também serão selecionadas a primeira turma de oito cursos, cuja aprovação já havia sido anunciada pela Instituição. Quatro são para o câmpus sede: Comunicação e Multimeios, Bioquímica, Tecnologia em Biotecnologia e Matemática em período integral. O câmpus de Umuarama irá abrir os cursos de Engenharia de Alimentos, Engenharia Civil e Engenharia Ambiental. Para o câmpus de Goioerê, foi aprovado o curso Física.
Fernanda Machado (de bigode) e eu, lá no fundo, com a mão na cabeça. |
Para atender as demandas atuais e as futuras, Sperandio disse que já foi autorizada a realização de concurso público para contratação de 208 professores. Ainda não há data precisa para abertura dos editais. Além disso, o reitor adiantou que a Universidade estuda a criação de pelo menos mais dois cursos novos.
Sobre a licenciatura em Artes Cênicas, a professora Kiyomi Hirosi, integrante da comissão que criou o projeto pedagógico, disse que o curso tem como objetivo oportunizar a formação de profissionais para atuarem tanto na educação básica, quanto nos projetos culturais que envolvem essa área artística. “Os dados apontam que há carência de profissionais habilitados para atuar com a área de Artes dentro da educação básica, ao mesmo tempo que há uma exigência da nova Lei de Diretrizes e Bases por esse profissional.”
Hirosi integrou também a comissão de criação do projeto pedagógico do curso de Artes Visuais e, segundo ela, essa licenciatura formará o profissional habilitado para a pesquisa, a crítica e a produção, além da atuação nos ensinos fundamental e médio. “O objetivo da UEM é capacitar o aluno de Artes Visuais para operar as poéticas plástico/visuais dominando seu conteúdo teórico e prático, de forma que possa desenvolver ações efetivas de suporte e assessoramento às instituições ligadas à arte: curadorias educativas e mediação cultural em museus de arte, pesquisas em instituições e ateliês”.
Fonte: Site da UEM
Parabéns Professores
Aconteceu ontem no miniauditório da Aduem a noite de lançamento e sessão de autógrafos do livro “Retratos da Região Metropolitana de Maringá – Subsídios para a elaboração de políticas públicas participativas”, organizado por Ana Lúcia Rodrigues e Celene Tonella, professoras do Departamento de Ciências Sociais da UEM e editado pela Eduem. A obra apresenta oito trabalhos de pesquisadores das três áreas que compõem as Ciências Sociais – Antropologia, Ciência Política e Sociologia -, da Educação, da Arquitetura, da Estatística e da Geografia.
Sobre a Revista Veja
"Então é bom saber quem financia uma publicação decadente, com uma tiragem verticalmente descendente como a Veja. Saber que paga os funcionários da família Civita, saber com quem eles têm o rabo preso, ainda mais eles que se interessam tanto por saber onde o governo anuncia."
Texto na íntegra, no Blog do Emir Sader
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